Estes são os primeiros refugiados a serem repatriados este ano, no âmbito de um acordo de repatriamento voluntário tripartido entre os governos de Angola e da Republica Democrática do Congo (RD Congo) e a agência das Nações Unidas para os refugiados.

O grupo deixou o assentamento do Lóvua, esta manhã, seguindo depois num voo para Kinshasa, na RDCongo.

"Tendo em conta o controlo de custos, o ACNUR Angola está a usar pela primeira vez meios aéreos durante o processo de repatriamento de refugiados da Lunda Norte para a RDC. Os voos são operados pelo Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas (UNHAS)", adianta o ACNUR num comunicado.

Estes refugiados fazem parte de um grupo inicial de 35.000 pessoas que, em 2017, procuraram refúgio na Lunda Norte, em Angola, para fugir à violência na região do Kasai, na RDCongo.

O repatriamento voluntário começou em 2019, mas foi suspenso em 2020, devido às más condições das estradas, da ponte sobre o rio Kasai e à covid-19.

O processo foi retomado o ano passado, depois da reabertura das fronteiras entre os dois países, tendo sido repatriadas 3.732 pessoas entre 2019 e 2022.

Segundo o ACNUR Angola, o programa de repatriamento de 2023 vai continuar até que todos os refugiados do assentamento do Lóvua interessados em voltar a casa este ano possam regressar.

O repatriamento voluntário é também apoiado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e pelos parceiros Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP), Igreja Evangélica dos Irmãos em Angola (IEIA), Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e World Vision (WV).

RCR // MLL

Lusa/fim