Simon Chan Weng Hong disse esperar que o volume de tráfego venha também registar um aumento superior a 20% e o volume de cargo no aeroporto suba 9% este ano, de acordo com um comunicado da CAM-Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau.

O presidente da CAM indicou que a infraestrutura tem até ao momento 13 voos 'charters' marcados para o Ano Novo Lunar, principal festa tradicional das famílias chinesas e que este ano começa a 10 de fevereiro.

Simon Chan disse que as receitas da CAM em 2023 foram de cerca de 1,18 mil milhões de patacas (134,7 milhões de euros), quase o dobro do registado no ano anterior e 65% dos níveis de 2019.

Em 04 de janeiro, a CAM divulgou que cerca de 5,15 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto em 2023, perto de 55% do recorde máximo fixado em 2019, antes do início da pandemia da covid-19.

Num comunicado, a empresa sublinhou que "houve um aumento significativo de passageiros", nove vezes mais do que o número registado no ano anterior: pouco mais de 599 mil.

Em 2023, o volume de tráfego "estabilizou e recuperou gradualmente", disse a CAM, sublinhando que o aeroporto processou um total de 42.504 voos no ano passado, equivalente a 54% do registado em igual período de 2019.

Macau, que à semelhança da China seguia a política 'zero covid', reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 08 de janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

O aeroporto tem apenas ligações à China continental, Taiwan e Sudeste Asiático e a CAM prometeu no início de janeiro "colaborar constantemente com companhias aéreas estrangeiras e locais para explorar os mercados internacionais, de modo a desenvolver mais ligações de longo curso diretas".

Em novembro, o líder Governo de Macau garantiu que o aeroporto vai lançar "mais voos internacionais diretos" e as obras de aterro e ampliação da infraestrutura serão lançadas na segunda metade deste ano.

O aeroporto, atualmente com uma pista, tem capacidade para receber até 9,6 milhões de passageiros, mas a taxa de utilização é de "apenas 60%", lamentou Ho Iat Seng.

"Espero que a Air Macau possa adquirir aviões maiores, para realizar voos de longo curso", sublinhou o chefe do executivo, referindo-se à companhia aérea de bandeira do território.

Já em junho, a diretora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, descreveu o lançamento de voos diretos entre Macau e Portugal como "um sonho", mas lembrou também ser possível trabalhar com os aeroportos vizinhos de Hong Kong, Cantão e Shenzhen.

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