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Newsletter diária • 27 out 2023

 
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Uma sexta-feira de greves

 
 

Edição por Alexandra Antunes

Hoje é dia de greve da função pública e os sindicatos esperam "fortes perturbações" em vários serviços públicos.

Porquê esta greve?

A Frente Comum convocou a greve nacional de hoje em protesto contra a proposta do Governo de aumentos salariais para 2024 que considerou miserabilista - um mínimo de 52 euros ou de 3% para os trabalhadores da administração pública.

Os sindicatos reivindicam um aumento em pelo menos 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, para fazer face ao "brutal aumento do custo de vida".

Quem se previa que aderisse?

Sebastião Santana, da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, filiada na CGTP, antecipava "uma grande adesão e perturbações ou encerramento de vários serviços, como é o caso dos serviços de finanças, da segurança social e das lojas do cidadão".

A paralisação também afetaria escolas, uma vez que sindicatos dos professores e do pessoal não docente anunciaram a adesão ao protesto.

Confirma-se?

Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, afirmou que a greve na função pública está a ser a “uma das maiores” dos últimos anos, com adesão em “todos os setores”.

Sebastião Santana disse estar a haver uma “adesão [à greve] muito forte em todo o país”, apesar de ainda não conseguir indicar números concretos, alegando que “os trabalhadores se reveem nas propostas da Frente Comum”.

O Governo vai mudar alguma coisa?

“Nós continuamos a não aceitar que o Governo continue a atirar muitos milhares de milhões de euros para cima de setores que já são sobrefinanciados pelo Orçamento do Estado e se esqueça de quem assegura os serviços públicos e do reforço das funções sociais do Estado”, sublinhou.

Questionado se, dada a adesão à greve, considera que o Governo vai ter de ceder, o coordenador da Frente Comum respondeu que o executivo “tem sido intransigente” e referiu que, apesar de, no início da maioria absoluta, ter afirmado que iria ser dialogante, “esse diálogo não tem acontecido até hoje de forma efetiva”.

“O Governo tem condições para alterar isto. A luta dos trabalhadores não vai ser menos intransigente do que o Governo se quer continuar a manter os trabalhadores a empobrecer e os serviços públicos a degradarem-se”, disse.

*Com Lusa