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Newsletter diária • 03 abr 2023

 
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Uma semana decisiva em França

 
 

Edição por Alexandra Antunes

França entra hoje numa semana decisiva para a crise política causada pela polémica reforma das pensões e pela onda de manifestações, com uma ronda de conversações entre a primeira-ministra e os partidos políticos, incluindo da oposição.

Élisabeth Borne convocou os líderes dos grupos parlamentares da Assembleia Nacional para tentarem restabelecer o diálogo, mas três deles — França Insubmissa, comunistas e ecologistas — já anunciaram que não vão comparecer e, em vez disso, apelaram a uma marcha na terça-feira, no Palácio Matignon, sede do governo. Os socialistas também se excluíram das reuniões.

Qual o futuro da greve (e da reforma)?

Os oito sindicatos que estão a organizar os protestos admitem sentar-se à mesa com a primeira-ministra, num encontro previsto para quarta-feira, mas insistem que o Governo deve “congelar” a reforma das pensões para dar tempo e oportunidade ao diálogo.

No entanto, Borne avisou que suspender uma lei aprovada legalmente é “algo que não existe” e que espera falar com os líderes sindicais sobre outros temas como as carreiras profissionais.

Assim, para quinta-feira estão marcadas manifestações em todo o país e greves convocadas pelos sindicatos, no 14.º dia de protestos contra a reforma das pensões.

O impacto das paragens e a participação nas manifestações poderá proporcionar um novo indicador sobre se o protesto social vai manter a intensidade apesar das tentativas do Governo para apaziguar o país.

França tem vivido semanas de greves e manifestações, num clima de tensão e impasse no diálogo entre o Governo do presidente, Emmanuel Macron, e os sindicatos, marcado pela violência, que resultou em mais de 120 detenções em várias cidades.

 
 
Marco Neves
 
 
 
 

Uma antiga expressão da nossa língua anda a ser atacada sem razão. Continuar a ler