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Newsletter diária • 22 mai 2023

 
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Um ex-Presidente "mal resolvido com o seu passado", ou que diz "o óbvio"?

 
 

Edição por Raquel Almeida

Aníbal Cavaco Silva encerrou o encontro nacional dos Autarcas Social-Democratas (ASD), em Lisboa, a acusar "o PS e o seu governo" de "colocaram o país na trajetória de empobrecimento e de profunda degradação política nacional".

As críticas não ficaram por aqui. Além de acusar o Governo de ser especialista em "mentira e propaganda" e de questionar se "seria possível um Governo descer tão baixo em matéria de ética política", referindo-se à TAP, ainda lhe restaram palavras para acusar o primeiro-ministro de ter perdido a autoridade e de não desempenhar "as competências que a constituição lhe atribuem".

“Em princípio, a atual legislatura termina em 2026. Mas às vezes os primeiros-ministros, em resultado de uma reflexão sobre a situação do país ou de um rebate de consciência, decidem apresentar a sua demissão e têm lugar eleições antecipadas – foi isso que aconteceu em março de 2011”, afirmou ainda Cavaco Silva.

Ora, a resposta do PS não foi, naturalmente, com sorrisos. O secretário-geral adjunto do PS disse que "parece que o professor Cavaco Silva está mal resolvido com o seu passado". De acordo com João Torres, "a agressividade e a violência verbal a que o país ontem assistiu por parte de um antigo primeiro-ministro e antigo Presidente da República" revelam não só que Cavaco Silva "perdeu o sentido de Estado que se exige", mas também "que está, de alguma forma, inconformado com o facto de ter uma grande impopularidade no nosso país".

Para o dirigente socialista, o mandato presidencial do social-democrata “é um mandato de que nenhum português tem particular boa memória e parece que o professor Cavaco Silva está mal resolvido com o seu passado”.

Por sua vez, Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, acusou o antigo Presidente da República de utilizar uma "linguagem ofensiva e antidemocrática" nas declarações que fez, acrescentando que "a degradação da política é isto".

Também André Ventura teve direito a expressar a sua opinião, defendendo que as palavras de Cavaco Silva no sábado foram certeiras por dizer "o óbvio", e acrescentando que “este Governo chegou ao fim, António Costa deveria ter a coragem de se demitir e é um Governo assente em mentira e em propaganda”.

No entanto, considera também a mensagem “incompleta e incerta” e que “Cavaco Silva ignora o seu próprio papel na criação da ‘geringonça’ e depois, naturalmente, no Governo do PS”, dizendo que foi o ex-Presidente “quem deu posse à maioria liderada por António Costa, composta pelo BE e pelo PCP”.

Já o chefe do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, considerou que as “intervenções do professor Cavaco Silva são sempre intervenções que têm uma grande repercussão no país e normalmente estão em conformidade com aquilo que a opinião pública está a pensar”.

*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pela jornalista Ana Maria Pimentel

*Com Lusa
 
 
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