Se não conseguir ver esta newsletter clique aqui.

 
Image

Newsletter diária • 10 mai 2023

 
Facebook
 
Twitter
 
Instagram
 
 
 
 
 

Três minutos são muito ou pouco tempo? A questão que levou Sanches a abandonar a reunião

 
 

Edição por Raquel Almeida

Depois das divergências com vários deputados, o presidente da comissão parlamentar de inquérito à TAP, Jorge Seguro Sanches, abandonou a reunião desta terça-feira, que tinha na agenda a audição a Humberto Pedrosa.

A discussão centrou-se na grelha de tempo. As primeiras seis audições tiveram uma grelha “normal”, na qual os deputados tiveram nove e oito minutos para fazer perguntas, e as restantes tiveram uma grelha reduzida, com três minutos.

Paulo Moniz considerou que "as grelhas devem ser mais alargadas", Mariana Mortágua disse que três minutos não chegam para todas as perguntas, e Bruno Dias manifestou a sua “estupefação e incredibilidade”. Apenas o PS concordou com a grelha curta para a maioria das audições.

Antes de abandonar, Seguro Sanches lembrou que a ordem de trabalho das audições foi distribuída a 4 de maio e questionou "porque não houve requerimentos". Face às perguntas que têm sido colocadas, algumas até "deselegantes", disse ter de ponderar se tem "condições para continuar a presidir à comissão de inquérito à TAP".

Também ontem o antigo administrador da TAP, Diogo Lacerda Machado, afirmou que existe uma "perspetiva imbecil" sobre o negócio da manutenção no Brasil, e sublinhou que sem o investimento naquele país "provavelmente" hoje a TAP não existia. Além disso, considerou que o Estado foi o principal beneficiário da operação que envolveu fundos da Airbus na capitalização da transportadora aérea.

Ainda na temática dos fundos Airbus, o ex-acionista da TAP Humberto Pedrosa disse ontem que só “mais tarde” teve conhecimento dos mesmos, explicando que a negociação foi feita por David Neeleman, que para a capitalização da companhia “teve um empréstimo” da fabricante de aeronaves. Sublinhou também que, sem a intervenção do Estado, em 2020, a companhia aérea acabava, ainda que considerando que a intervenção poderia ter sido outra, e rejeitou a ideia de ter sido “escorraçado” da TAP.

Hoje é a vez de o administrador operacional e antigo CEO interino Ramiro Sequeira ser ouvido na comissão de inquérito, sobre a indemnização a Alexandra Reis e a gestão privada da companhia aérea, onde chegou em 2018. E foi também hoje publicada em Diário da República a resolução do Conselho de Ministros que mandata a Parpública para contratar pelo menos duas avaliações independentes necessárias à privatização da TAP.

*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pela jornalista Ana Maria Pimentel

*Com Lusa

 
 
Francisco Sena Santos
 
 

Os eleitores turcos ao votarem no próximo domingo para a eleição do presidente e dos 600 deputados têm a tarefa de uma escolha determinante não apenas para o país que é ponte entre Ocidente e Oriente, mas também para a relação de forças na geopolítica global: cabe-lhes decidir se preferem a democracia ou o autoritarismo. Continuar a ler