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Newsletter diária • 14 set 2023

 
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Taxas de juro: um novo aumento ou uma pausa?

 
 

Editado por Gonçalo Lopes

O Banco Central Europeu (BCE) vai anunciar esta quinta-feira, numa reunião em Frankfurt, na Alemanha, se irá ou não subir novamente as taxas de juro, como tem vindo a fazer sucessivamente nos últimos meses, desde o ano passado.

A inflação acima dos 5% ainda preocupa Christine Lagarde, presidente do BCE, como a própria já revelou, nas suas últimas declarações. Ainda assim, são muitos os especialistas que consideram que as subidas consecutivas não têm ajudado a economia europeia, pelo que o Banco Central Europeu ainda tem dúvidas sobre o passo a tomar.

Os mesmos especialistas que salientam que as últimas nove subidas consecutivas de juro não têm servido para reduzir a inflação como esperado, são também os mesmos que acreditam que mais uma subida acelerá a Europa para uma recessão. É também por isto que a grande maioria destes economistas acredita que o BCE colocará um travão nas subidas nesta 10ª reunião, nos últimos 14 meses.

A agência Reuters, por exemplo, fez esta questão a 69 economistas, sendo que 39 disseram que o BCE iria fazer uma pausa e manteria as taxas inalteradas, ao passo que os outros 30 disseram que o BCE subiria as taxas em mais 0,25 pontos percentuais.

Outra questão colocado foi como estariam as taxas de juro no final do ano. Aqui, 36 acreditam que a taxa de juro dirá manter-se inalterada até ao fim do ano nos 3,75% e 33 apostam numa subida até aos 4%.

Refira-se que na última reunião, em julho, em que foi decidido subir os juros em 25 pontos base, Christine Lagarde afirmou que as taxas poderiam manter-se no mesmo nível ou sofrer um novo agravamento, em função dos dados macroeconómicos, agora em setembro.

De acordo com os últimos dados do Eurostat, a taxa de inflação na zona euro manteve-se inalterada em agosto face a julho em 5,3%, mas a inflação subjacente (que não tem em conta energia ou alimentos por serem preços mais voláteis) moderou-se para 6,2% (6,6% em julho).

Já a Comissão Europeia reduziu esta segunda-feira a previsão de crescimento económico da zona euro para este ano em três décimas, para 0,8%, sobretudo devido ao abrandamento da atividade na Alemanha, que irá contrair 0,4% em 2023, e prevê alguns meses de abrandamento.

O BCE também divulga hoje as novas previsões macroeconómicas, nas quais poderá rever em baixa as expectativas de crescimento económico e em alta as expectativas de inflação face às anunciadas em junho, segundo os analistas.

A taxa de facilidade de depósito está atualmente fixada em 3,75%, a taxa de juro das principais operações de refinanciamento em 4,25%, e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez em 4,5%.

*Com Lusa