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Newsletter diária • 05 jul 2023

 
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TAP: Afinal as Finanças não sabiam da indemnização a Alexandra Reis?

 
 

Edição por Beatriz Cavaca

Hoje, o país acordou com o resultado do relatório preliminar da comissão de inquérito à TAP, que sublinha o processo de saída de Alexandra Reis da empresa. Saída essa que “partiu de exclusiva vontade e iniciativa de Christine Ourmières-Widener [antiga CEO da companhia aérea]", que "foi por ela integralmente gerido e, só num momento final, e depois de concluído o processo negocial este foi dado a conhecer a todos os membros do Conselho de Administração”, neste caso a tutela das Finanças.

Como surpresas sabe-se ainda que o documento elaborado pela deputada do PS Ana Paulo Bernardo só menciona o nome de Frederico Pinheiro num quadro com a lista de audições realizadas, onde vem referido que foi ouvido "na qualidade de ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, acompanhado do advogado, dr. João Nabais".

Na introdução deste documento, com 180 páginas no total, a deputada relatora justifica a opção de não analisar os incidentes ocorridos, nas instalações do Ministério das Infraestruturas, com Frederico Pinheiro, nem o facto de o SIS ter sido chamado para recuperar o computador do ex-adjunto de Galamba.

"Este é um relatório sobre a TAP. Não pretende ser um diário da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). É um relatório sobre a gestão da empresa e a gestão da tutela política da TAP. E aqui importa ter presente que foi isso que nos foi exigido", argumenta.

Já a meio da manhã, desta quarta-feira, Ana Paula Bernardo falou em conferência de imprensa e afirmou que a indemnização indevidamente paga a Alexandra Reis é "o único caso na tutela pública da empresa".

“Sob a tutela pública - e contrariamente ao que alguns pretenderam fazer passar – […] estas situações não foram confirmadas, o único caso na tutela pública da empresa pública TAP apurado foi o [da indemnização] de Alexandra Reis e é uma situação que já se encontra corrigida”, disse.

Ana Paula Bernardo apontou esta como uma das grandes conclusões que se podem extrair de todos os depoimentos e documentação analisada, embora, referiu, tenha ficado claro que “no passado existiram práticas” que podem ser consideradas como “merecedoras de reparo pelo seu caráter, às vezes discricionários” entre administradores da TAP, mas no “período em que a empresa era privada”.

*com Lusa