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Newsletter diária • 10 fev 2023

 
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Rússia volta à carga. O que se sabe sobre o ataque de hoje?

 
 

Edição por António Moura dos Santos

A 14 dias de se cumprir um ano desde que iniciou a sua invasão da Ucrânia, e menos de 24 horas depois de Zelensky se apresentar em Bruxelas para pedir mais apoios aos aliados ocidentais, a Rússia iniciou hoje um “ataque em larga escala" com mísseis e drones explosivos, visando em particular Zaporijia e Kharkiv.

De momento, as informações que chegam, através da Força Aérea da Ucrânia, é que a Rússia disparou "seis mísseis de cruzeiro Kalibr, até 35 mísseis guiados antiaéreos S-300 e utilizou sete drones Shahed" de fabrico iraniano.

"O inimigo [Rússia] atingiu cidades e infraestruturas essenciais na Ucrânia", informam as forças armadas ucranianas. Não foram, para já, registadas vítimas, mas esta nova sequência de ataques pode preparar terreno para uma nova fase do conflito.

De acordo com o secretário do conselho de Zaporijia, Anatolii Kurtiev, a cidade foi atingida 17 vezes no espaço de uma hora — foi, adianta, o período de ataques mais intenso desde o início da invasão em grande escala, em fevereiro de 2022.

Explosões foram ouvidas em várias partes da região, incluindo em Zaporijia e em Vinnytsia, enquanto na região vizinha de Dnipropetrovsk as autoridades locais alertaram para um ataque de drones.

Em Kharkiv, as autoridades ainda estão a tentar obter informações sobre eventuais vítimas e a escala da destruição, com o autarca Ihor Terekhov a dizer que pode haver interrupções no aquecimento e no fornecimento de eletricidade e água.

​​Entretanto, Kiev também foi atingida por várias explosões, isto após ter sido acionado o sistema de alerta antiaéreo. "Ouviram-se várias explosões na capital da Ucrânia na manhã do dia 10 de fevereiro, sendo parte do último ataque da Rússia, com mísseis, contra a Ucrânia", salientaram as autoridades locais.

Entretanto, a Rússia voltou a reforçar a sua ofensiva no Donbass, diz a agência de informação militar da Ucrânia. As autoridades pro-russas de Donetsk garantiram hoje que irão conquistar “em breve” a cidade de Marinka, próxima da capital regional.