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Newsletter diária • 08 fev 2023

 
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(Quase) Todas as greves dos professores terminam hoje

 
 

Edição por António Moura dos Santos

As greves por distrito, iniciadas em 16 de janeiro, terminam hoje, com uma manifestação na Avenida dos Aliados, no Porto. A Federação Nacional de Professores (Fenprof), que faz parte da plataforma de oito organizações sindicais responsáveis pela paralisação, espera “milhares de educadores e professores de todo o distrito”.

Hoje termina também a greve ao primeiro tempo de aulas promovida pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que começou no início do segundo período de aulas.

“Prevemos muitos milhares na rua, no Porto, hoje mas também no dia 11, na manifestação nacional que se vai realizar em Lisboa”, contou à Lusa Júlia Azevedo, do SIPE, acrescentando que “os professores estão unidos e não vão desistir das suas reivindicações”.

No entanto, apesar do fim estar à vista para estas duas paralisações, a greve iniciada em dezembro pelo Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (Stop) vai continuar e conta já com pré-avisos até 24 de fevereiro.

As greves começaram com uma contestação às ideias do ministro da Educação para um novo modelo de contratação e colocação de professores, tendo sido alargadas às antigas reivindicações de funcionários e professores.

A recuperação do tempo de serviço congelado e o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões são duas das principais reivindicações dos professores, que têm dito estar disponíveis para uma recuperação faseada ao longo de vários anos.

No entanto, o ministro das Finanças tem recusado estas propostas, defendendo não serem financeiramente viáveis: a devolução dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço congelados representam um custo de cerca de 331 milhões de euros por ano, segundo dados das Finanças.

Sindicatos e Governo realizaram já, sem sucesso, quatro rondas negociais sobre o novo modelo de recrutamento e colocação de professores, devendo realizar-se no final desta semana uma nova reunião.

Apesar da greve do Stop continuar até, pelo menos, 24 de fevereiro, esse foi também o prazo definido pela justiça para a manutenção de serviços mínimos nas escolas, garantindo-se assim a presença de funcionários e professores.

Os serviços mínimos até agora decretados definem que as escolas têm de garantir o apoio aos alunos com necessidades educativas especiais, mas também aos que estão em risco de abandonar a escola assim como aos que correm risco e tenham sido sinalizadas pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).

O colégio arbitral voltou a definir que as escolas terão de estar abertas em segurança e garantir as refeições aos alunos.

 
 
Patrícia Reis
 
 

Limitar o corpo das mulheres é dizer que somos, nós, mulheres, menos. A mim, desculpem lá a imagem, dá-me vontade de bater, de dar com um pano encharcado na tromba de alguém. Continuar a ler