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Newsletter diária • 06 nov 2023

 
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Papa não está bem de saúde, a da Igreja não está melhor

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Esta manhã, numa audiência com rabinos europeus, o Papa Francisco afirmou não estar "bem de saúde" e não leu discurso que estava previsto. Posteriormente, a Santa Sé veio dizer que o Papa está apenas constipado e que as atividades previstas "continuam regularmente".
No discurso que acabou por não ser lido, Francisco indicou que "nem as armas, nem o terrorismo, nem a guerra, mas a compaixão, a justiça e o diálogo são os meios adequados para construir a paz".
Já no domingo, durante o Angelus, o Papa Francisco havia reiterado os apelos para o fim dos combates entre Israel e os palestinianos, a libertação imediata dos reféns e o fornecimento de ajuda humanitária a Gaza, onde a situação é "muito grave".

Mas se o Papa apela ao fim das guerras, e se os católicos rezam para que a sua saúde melhore, a saúde da Igreja também não se recomenda. Num ano marcado pela vinda a público, e das denúncias, dos abusos sexuais dentro da instituição e das promessas de mudança, na sexta-feira soube-se que um padre que denunciou 12 casos de sacerdotes suspeitos de abuso sexual a crianças, alguns deles ainda no ativo, foi condenado pelo Tribunal Patriarcal de Lisboa.

O Padre Joaquim de Nazaré usou a comissão independente para fazer as denúncias e acabou a ser julgado por três juízes diocesanos do Tribunal Patriarcal de Lisboa pelos crimes de “falsidade” e “lesão ilegítima de boa fama”. A justiça eclesiástica considerou ter havido “difamação” da parte do sacerdote ao acusar o padre Nuno Aurélio na comunicação social. Na altura, o acusado fez queixa contra Joaquim Nazaré e agora o Tribunal da Igreja deu-lhe razão.

Agora, o denunciante está proibido pela Igreja de “de exercer no território do Patriarcado de Lisboa qualquer ofício público, especialmente o de pároco”, e só o poderá voltar a fazer mediante um pedido de desculpas. Já o padre que foi acusado continua a celebrar no sítio onde tem estado nos últimos anos, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Paris.

O diagnóstico feito no início do ano à Igreja Católica esteve sempre certo, mas a cura - e vontade de se curar - tarda em chegar.

 
 
 
 

 
 

Hoje e agora, ao fim de sete mil anos de civilização, assistimos a guerras com alegações religiosas, culturais e étnicas que gostaríamos que estivessem extintas há séculos. A ferocidade com que nos matamos, sob alegações várias, parece imutável desde o início da espécie. Porquê? Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

No episódio desta semana do podcast Acho Que Vais Gostar Disto, Miguel Magalhães, Mariana Santos e João Dinis conversam sobre "Invencível", série de super-heróis da Prime Video, que recentemente estreou a segunda temporada. Criada pelo mesmo autor que nos trouxe "The Walking Dead", tem um elenco de luxo e não é a "típica" série de super-heróis.

 
 
 
 

 
 

A nossa língua esconde umas quantas surpresas… Os linguistas e os antropólogos, de vez em quando, trazem-nos notícias de línguas cheias de palavras com um significado tão esmiuçado que ficamos a pensar: por que razão alguém criou uma palavra para dizer precisamente aquilo? Outras vezes, é a gramática dessas línguas exóticas que nos espanta: há línguas com mais de um milhão de formas diferentes para cada verbo; outras em que os verbos são todos irregulares; umas quantas que dividem os nomes entre animados e inanimados; entre muitas outras maneiras de nos espantar. Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

Neste episódio do podcast "A Vida Secreta das Línguas", de duas partes, Marco Neves conta a história da língua portuguesa em 12 palavras. Se na primeira indagou pelas origens, nesta segunda metade o autor revela como o português se espalhou pelo mundo.