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Newsletter diária • 04 out 2023

 
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Papa Francisco quer "uma Igreja que acolhe". Mas isso provocará um cisma?

 
 

Edição por Alexandra Antunes

A Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos arrancou esta quarta-feira, na Cidade do Vaticano, para se falar do futuro da Igreja. Mas a tarefa não fica por aqui: a discussão voltará em outubro de 2024.

Os temas abordados avizinham-se difíceis — há questões em cima da mesa como o acolhimento de pessoas LGBTQIA+ e de pessoas divorciadas, a poligamia, o casamento de padres, o lugar das mulheres na instituição ou a luta contra a pedofilia — e há até quem fale na possibilidade de um cisma.

Para que os temas sejam debatidos em profundidade, o Vaticano quis ouvir os católicos de todo o mundo. A delegação da Igreja Católica Portuguesa na Assembleia Continental do Sínodo dos Bispos apresentou, em fevereiro deste ano, a síntese da equipa sinodal da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que mostrou que a dificuldade em aceitar a diversidade afeta a Igreja Católica em Portugal.

Mas as questões levantadas surgem em todo o mundo — e, por isso, há quem considere que a Igreja Católica está a caminhar para um cisma, ou seja, para um momento de divisão. Todavia, Francisco está atento a essa possibilidade e afirmou, no início de setembro, que "no Sínodo não há lugar para ideologia" e insistiu na importância do diálogo e de "caminhar juntos".

Esta manhã, na abertura do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco quis recordar que o encontro "não é uma reunião política, mas uma convocação no Espírito; não é um parlamento polarizado, mas um lugar de graça e de comunhão".

Além disso, repetiu a mensagem da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa, dizendo que a Igreja Católica deve ser um lugar de acolhimento para "todos, todos, todos".

Assim, Francisco disse que a Igreja deve evitar "cair em algumas tentações perigosas: a de ser rígida, uma alfândega, que se encolhe contra o mundo e olha para o passado; a de ser uma Igreja morna, que se rende às modas do mundo; a de ser uma Igreja cansada, fechada em si mesma".

"Jesus também nos convida a ser uma Igreja que acolhe" e "não de portas fechadas" porque, "numa época complexa como a atual, surgem novos desafios culturais e pastorais, que exigem uma atitude interior cordial e amiga, para poder enfrentá-los sem medo", considerou o Papa, dando exemplos: “Vem, tu que te perdeste ou que te sentes alienado; vem, tu que fechaste a porta à esperança, a Igreja está aqui para ti! A Igreja com a porta aberta a todos, a todos, a todos".

Nos últimos dias, foram divulgadas algumas respostas de Francisco a propósito de alguns dos temas polémicos. Em resposta a perguntas feitas por cardeais, o pontífice sugere que poderia haver formas de abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo, desde que não se confundisse a bênção com o casamento sacramental, e defende a concessão de sacramentos aos divorciados recasados em certos casos.

 
 
Diogo Paixão
 
 

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