Se não conseguir ver esta newsletter clique aqui.

 
Image

Newsletter diária • 26 mar 2024

 
Facebook
 
Twitter
 
Instagram
 
 
 

Os relatos da morte do ISIS foram manifestamente exagerados

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

A certidão de óbito do grupo terrorista foi assinada em 2019. Mas isso não quer dizer que os braços armados do Estado Islâmico tenham deixado de matar, perseguir e torturar. Os moçambicanos de Cabo Delgado, por exemplo, têm sofrido nas suas mãos desde então, contudo o tema parece ter estado mais ao menos adormecido. Ainda no início deste ano, o grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria de 27 ataques em vilas "cristãs" no distrito de Chiùre, Cabo Delgado, norte de Moçambique, em que afirma terem morrido 70 pessoas. Como este sucedem-se constantemente ataques do género na região.

Como ontem explicou Francisco Sena Santos, no SAPO24, "o ISIS até pode ter sido eliminado, mas não foi derrotado".

"É sabido que o Afeganistão dos talibãs, depois da retirada ocidental a meio de agosto de 2021, voltou a ter territórios dominados pelos jihadistas. Surgiram, nos últimos dois anos, relatos de crescente presença de gente com bandeiras do ISIS no noroeste afegão: é o ISIS-K, em que K significa Khorasan, o antigo nome de uma vasta região de fé islâmica e que inclui parte do Turquemenistão e do Tajiquistão. Há relato de ataques de comandos kamikaze do ISIS-K em Cabul, com os talibã como alvo, e também está na memória o ataque (logo reivindicado) que em 3 de janeiro matou mais de 80 pessoas em Kerman, no Irão.

O monstro jihadista parecia domado, verifica-se que não está. Não é costume das diferentes versões do ISIS reivindicarem o que não fizeram."

Se Putin se recusa a acreditar e prefere culpar a Ucrânia. A Europa e os EUA, que o avisaram antecipadamente da possibilidade um ataque iminente, voltaram a olhar - ou nunca deixaram de o fazer - para o tema com a atenção que lhe davam no pós ataques em Paris.

Ainda ontem, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, anunciou que dois projetos de atentado foram "frustrados" em França desde o início de 2024. Garantindo que “a ameaça terrorista islâmica é real, é forte” e “nunca enfraqueceu”, acrescentou Attal, durante uma visita a uma estação de comboios de Paris, depois de o sistema de alerta Vigipirate ter sido elevado para o nível máximo.

A quatro meses dos Jogos Olímpicos (JO), França está, assim, novamente em alerta máximo para a ameaça de atentados, após o ataque ocorrido na sexta-feira em Moscovo, perpetrado, segundo o Presidente francês, Emmanuel Macron, por uma “entidade” do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), que esteve na origem de “várias tentativas recentes” em território francês.

Já hoje, Miguel Morgado conversou com José Manuel Constantino que disse ao SAPO24 estar preocupado com a segurança dos Jogos Olímpicos de Paris2024. O  presidente do COP abordou o tema da segurança e mostrou inquietação com “os jogos". Mais concretamente, quanto à "segurança dos próprios jogos, as condições em que se vão realizar e as questões da mobilidade em Paris” durante os Jogos Olímpicos e os efeitos que podem provocar no evento e na preparação dos atletas.

“A situação de conflitos do mundo e as consequências que possa ainda vir a ter do ponto de vista da participação de alguns países nos Jogos Olímpicos e, sobretudo, da participação de atletas com origem russa e bielorrussa” foi outro dos desassossegos expressos por José Manuel Constantino.

Não deixa de ser curioso pensar o que passará na cabeça dos moçambicanos de Cabo Delgado ao ver a Europa viver este justificado frenesim de segurança. Não terão sido os massacres dos últimos anos despertador suficiente para a vitalidade do Estado Islâmico?

 
 
 
 

 
 

Os amantes de teatro vão passar a poder estar informados sobre todas as novidades na nova Newsletter da Madremedia "Três Pancadas". Este mês, os novos subscritores podem ganhar bilhetes para ‘A Madrugada Que Eu Esperava’ ou 'MÃES', os novos espetáculos da Força de Produção. Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

Há pelo menos oito réplicas da Capelinha das Aparições espalhadas pelo mundo. Em breve, o Nordeste do Brasil vai acrescentar a esta lista mais uma construção que pretende unir os devotos de Nossa Senhora em volta do novo espaço de oração, cujo projeto cumpre as diretrizes do Santuário de Fátima. Mas ainda há muito caminho a fazer e o pedido de ajuda chega também aos portugueses, através de uma campanha de crowdfunding para ajudar à compra de uma imagem peregrina.