O regresso do terrorismo ao coração da Europa
Editado por Beatriz Cavaca
Foi na noite desta segunda-feira que a cidade onde se localizam as principais instituições europeias, Bruxelas, foi confrontada com um ataque terrorista, sendo que duas pessoas morreram atingidas por disparos de um homem de origem tunisina que vivia ilegalmente no país.
Depois do incidente, as autoridades declararam o nível de alerta quatro na cidade de Bruxelas, o máximo, sinónimo de ameaça grave e iminente (o resto do país está no nível três).
Em conferência de imprensa, Eric Van Duyse, porta-voz do Ministério Público Federal, afirmou que não foi estabelecida qualquer ligação entre o conflito israelo-palestiniano e o suspeito que esteve a monte durante a noite desta terça-feira, acabando por ser encontrado num café, na capital belga, na posse de uma arma automática e tendo sido morto com uma bala no peito pelas autoridades.
O primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, esclareceu em entrevista que "o ataque terrorista que aconteceu ontem foi cometido com total cobardia. O agressor escolheu como alvo dois adeptos de futebol suecos".
Na noite de ontem estava a acontecer na capital belga o jogo a contar para a qualificação do EURO2024 entre a Bélgica e a Suécia, partida que foi suspensa no intervalo e acabou por ser cancelada. A UEFA citou razões de segurança para tal.
Em visita ao país encontra-se neste momento Marcelo Rebelo de Sousa, que foi obrigado a adaptar o programa por razões de segurança.
Na noite de ontem, enquanto falava aos jornalistas, sublinhou ser "prematuro nesta altura estabelecer uma ligação entre isso e aquilo que está a acontecer no Médio Oriente”.
Recorde-se que, desde que começou o conflito no Médio Oriente, várias cidades da Europa estão a ser vítimas de eventos associados ao terrorismo. O mais evidente até ao momento, além da noite passada, foi o ataque a uma escola secundária em Arras (no norte da França), que teve uma como vítima mortal um professor. Soube-se, entretanto, já durante o dia de hoje, que o autor deste incidente reivindicou num vídeo que o ato foi feito em nome da organização Estado Islâmico (EI).
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