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Newsletter diária • 26 abr 2024

 
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Foram mesmo muitos mil a continuar Abril

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

As celebrações dos 50 anos do 25 de Abril prolongam-se o ano inteiro, mas ontem, dia da efeméride, os portugueses rumaram às ruas em força. A manhã começou com uma cerimónia militar presidida por Marcelo Rebelo de Sousa, no Largo do Carmo, e de seguida no Parlamento.

Ali, uma inesperada cerimónia emotiva onde Aguiar Branco lembrou um dos mitos da revolução, homenageando os quatro mortos de Abril: Fernando Giesteira, Fernando Barreiros dos Reis, João Arruda e José Barneto. Nas palavras do Presidente da Assembleia da República, “foram as últimas vítimas da polícia política do regime e é tempo de dizer os seus nomes nesta sala”. Todos os deputados e convidados se levantaram e aplaudiram durante um longo minuto, que ficará para a história.

Mas se o 25 de Abril é do povo, o povo mostrou que é ele quem mais ordena e saiu às ruas enchendo praças e vielas um pouco por todo o país com cravos e canções revolucionárias. Cravo, o símbolo da revolução quase pacífica imortalizado por Celeste Caeiro, desde então conhecida por Celeste dos Cravos, e que este ano voltou a distribuir cravos pelos militares. Rui Tavares lembrou-a no discurso da "mais bela revolução do século XX".

E se as músicas revolucionárias se ouvem sem cansar por estes dias, o Chega resolveu não o fazer e saiu do hemiciclo enquanto os deputados cantavam a Grândola Vila Morena, sob o olhar atento, e emocionado, dos Capitães de Abril presentes no Parlamento. O partido de André Ventura usou a liberdade que Abril lhe deu para poder escolher não ouvir uma canção.

As pessoas saíram à rua por diferentes motivos, em grupos distintos, e com ideais diferentes para o país. Mas isso não importou, foi Abril a ser cumprido.

 
 
 
 

 
 

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Quer celebrem a data ou a vilifiquem, todas as famílias tem uma história relacionada com o 25 de Abril. A que protagoniza "Teoria das Catástrofes Elementares" vive na ambivalência de beneficiar das suas conquistas ao mesmo tempo que lambe as feridas que a Revolução dos Cravos lhe causou. Romance de estreia de Rita Canas Mendes, o seu lançamento serviu de pretexto para a entrevista final do ciclo "O 25 de Abril (também) foi uma ficção".