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Newsletter diária • 05 set 2023

 
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Depois do Mediterrâneo, o Atlântico: o drama humano é o mesmo

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

A Rota do Atlântico é conhecida por ser a mais mortífera para os migrantes que a tentam. Só em 2022 morreram ali 2.390 pessoas que tentavam uma alternativa, uma vida. Esta é cada vez mais escolhida, conhecida como a Rota da África Ocidental, os migrantes percorrem entre menos de 100 km, a partir do ponto mais próximo da costa africana, e mais de 1 600 km, a partir da Gâmbia e, normalmente, têm como destino as ilhas canárias, em Espanha. Fogem de diferentes coisas - dos conflitos em África, da pobreza, da falta de direitos e igualdade -, mas todos têm em comum a esperança numa Europa que anseiam que os receba e os trate com dignidade.

A União Europeia anunciou hoje que os pedidos de asilo registados nos países da União Europeia (UE), Noruega e Suíça aumentaram 28% na primeira metade de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. E atingiram o nível mais alto para uma primeira metade de um ano desde 2015-2016.

Cerca de 519 mil pedidos de asilo foram apresentados nos 29 países entre janeiro e o final de junho, referiu a Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA, na sigla em inglês), estimando que, “com base nas tendências atuais, os pedidos poderão ultrapassar um milhão até ao final do ano”.

Sírios, afegãos, venezuelanos, turcos e colombianos são os principais requerentes, correspondendo a 44% dos pedidos.

A Alemanha é o país que recebeu mais pedidos: 30% do total, quase o dobro da Espanha (17%) e de França (16%). E Portugal recebeu 2.115 pedidos, o número mais elevado de sempre na primeira metade de um ano.

Também a partir de São Tomé e Principe tem aumentado a vontade de chegar a Portugal, tendo a embaixada portuguesa em São Tomé, através da secção consular e do Centro Comum de Vistos (CCV), já emitido mais 33 por cento de vistos até agosto do que em todo o ano de 2022.

Mas se, por um lado, a União Europeia diz que cerca de 41% dos pedidos de asilo obtiveram uma resposta positiva na primeira instância, e há quatro milhões de ucranianos que fugiram da invasão russa que beneficiam atualmente de proteção temporária na UE. Por outro, em Inglaterra parte da realidade é diferente. Os migrantes que tentam aquela porta, e só no sábado foram 872 a atravessar o Canal da Mancha em 15 embarcações, não têm a mesma sorte. É que o combate aos fluxos de migrantes ilegais tem sido uma das bandeiras do executivo liderado pelo conservador Rishi Sunak, e, apesar de um quadro legislativo mais rigoroso, o Governo tem tido dificuldade em travar este fenómeno, que aumentou nos últimos anos e provocou dezenas de mortes em vários naufrágios. O Governo inglês pretende ainda a deportação de migrantes para os seus próprios países, ou para países como o Ruanda, um projeto que tem sido bloqueado pela justiça.

*Com Lusa

 
 
 
 

 
 

Quando temos muito azar e queremos procurar alternativas, pensamos no tal mercado negro cinematográfico e desesperamos. Hoje desespera-se muito em Portugal.  Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

Soma 46 anos de idade, trocou uma carreira no universo da gestão pelo mundo da espiritualidade, tem dois ex-maridos e está a separar-se do terceiro, um homem quinze anos mais novo. Convenções sociais sobre os certos e os errados da vida no feminino não são com Joana Dias, a convidada desta semana do podcast um Género de Conversa.