Depois da tinta vermelha, ativistas ocupam Segunda Circular
Edição por Alexandra Antunes
Um grupo de jovens do movimento Climáximo bloqueou hoje temporariamente o trânsito em Lisboa, junto aos escritórios da Galp, num protesto contra o uso de combustíveis fósseis.
Segundo o movimento, por volta das 09:00 desta terça-feira, dez ativistas sentaram-se no chão da Segunda Circular, junto às Torres de Lisboa, enquanto outros dois se penduravam com cordas na ponte pedonal.
Os vídeos e as fotografias do local mostram os manifestantes em protesto, segurando cartazes de apelo ao fim dos combustíveis fósseis, com frases como “Estão a destruir tudo o que tu amas” ou “Os governos e as empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta”.
No Instagram, o grupo foi partilhando imagens da sua contestação. "A nossa casa está a arder. Temos de ir a todos os quartos acordar toda a gente para apagar o fogo", escreveram.
Foram vários os condutores que saíram dos carros e obrigaram os jovens a desocupar a estrada, alguns deles recorrendo a violência. Depois disso, os ativistas ocuparam a berma e o passeio, mas logo de seguida os manifestantes voltaram ao seu lugar inicial.
“Vários ativistas foram levados do local pela PSP, enquanto os bombeiros foram chamados para remover os ativistas pendurados”, refere o movimento Climáximo, em comunicado enviado às redações.
A porta-voz na ação, Noah Zino, voltou hoje a lembrar que "as emissões de 2021 condenaram à morte nove milhões de pessoas” e que “a cada dois dias, só as emissões de Portugal matam mais do que os incêndios de Pedrógão”.
Este grupo é o mesmo que interrompeu o evento “World Aviation Festival”, na FIL Lisboa, e pintou a fachada daquele recinto com tinta vermelha.
Dias antes, ativistas do grupo Greve Climática Estudantil atiraram tinta verde ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa conferência da CNN sobre transição energética em que participavam as empresas Galp e EDP.