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Newsletter diária • 27 set 2023

 
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Atirar tinta, processar países ou envolver empresas na discussão. Afinal o que resulta na luta climática?

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Depois de ontem Duarte Cordeiro ter levado com balões com tinta em nome do ambiente, hoje um grupo de ativistas pelo clima atirou tinta vermelha contra uma parede da Feira Internacional de Lisboa (FIL), onde decorre o World Aviation Festival, um evento dedicado à aviação.

Os jovens estão a pôr o clima e o ambiente na agenda, uns de forma mais sonora, outros de forma mais estratégica. Já ontem, depois do incidente o Ministro do Ambiente referia que "é preciso saber distinguir estes manifestantes, que adotam estes comportamentos, dos jovens manifestantes que querem fazer ouvir a sua voz e pressionar governos e empresas a acelerar a transição, que estão preocupados com o seu futuro. E eu tenho um enorme respeito por toda essa geração de manifestantes".

Na senda de diferenciar tipos de manifestações, no mesmo dia em que tinta é atirada às paredes, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) aprecia uma queixa de seis jovens portugueses contra 32 países, um caso inédito ligado ao ambiente e que pode mudar o futuro da Europa na luta contra a crise climática.

Os jovens salientam que as alterações climáticas estão a causar tempestades muito fortes no inverno e que no verão o aumento da temperatura causa mais incêndios. Dizem que sofrem de ansiedade causada pelas catástrofes naturais e pela perspetiva de um futuro assim e acrescentam que os países não estão a cumprir os artigos do “direito à vida” e do “direito ao respeito pela vida privada e familiar”, da Convenção dos Direitos Humanos.

O processo foi apresentado em 2020. Se o TEDH o aceitar, os países podem ser legalmente obrigados a tomar medidas que politicamente não estão previstas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

De acordo com uma investigação da organização internacional “Save the Children” uma criança nascida em 2020 sofrerá, em média, quase sete vezes mais ondas de calor durante a sua vida do que a geração dos seus avós.

É um facto, cada vez mais conhecido, que as alterações climáticas impactam diariamente a vida de muita gente, principalmente dos mais desfavorecidos. O fenómeno climatérico El Niño, por exemplo, este ano poderá agravar a situação de crise alimentar em que vivem mais de 260 mil timorenses, sendo urgente adotar medidas rápidas para mitigar a situação, segundo o Programa Alimentar Mundial.

Se ontem as jovens ativistas diziam que era impossível estar-se do lado da luta climática ouvindo empresas como a EDP ou Galp, hoje a Fórmula 1 mostra como as energéticas podem ter um papel central na persecução de uma energia mais verde e de um ambiente mais sustentável. A F1 anunciou estar a desenvolver um combustível pioneiro 100% sustentável que pode ser utilizado a partir de 2026, contribuindo para a meta de redução de emissões de poluentes até 2030. Num relatório hoje divulgado, em Bruxelas, a F1 salienta que o combustível poderá ser utilizado “pela maioria dos automóveis de estrada em todo o mundo”, para além dos carros de corrida.

*Com Lusa

 
 
 
 

 
 

Abanava a cauda quando cada um de nós chegava e até “falava” connosco. Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

 "A Religião Woke", do especialista francês em epistemologia histórica e metodologia da história das ciências, Jean-François Braunstein, é um ensaio que esclarece a origem, motivação e finalidade do movimento de fractura social e política que está a marcar a agenda mediática dos nossos dias: a cultura woke. No livro, que agora chega a Portugal com a chancela da Guerra e Paz, Braunstein afirma, apoiado em teses, conferências e ensaios, que o movimento não é, ao contrário do que se pensa, do foro da racionalidade política, mas do foro religioso. Esta é, acrescenta, uma "religião sem perdão" que tem como destruir a liberdade em nome da "justiça social". Uma obra essencial para debater e combater o pensamento único. O SAPO24 publica um excerto deste livro.