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Newsletter diária • 08 mar 2023

 
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Angelica voltou para um país em guerra. É também destas mulheres que se faz o 8 de março

 
 

Edição por Manuel Ribeiro.

Hoje, 8 de março, calhou-me selecionar o tema da newsletter, no dia em que se homenageia a Mulher um pouco por todo o mundo e, claro, também no SAPO24, que abriu a edição com uma entrevista à escritora, “nuestra hermana”, Maria Hesse.

A escritora e ilustradora espanhola disse ao SAPO24 que as mulheres sempre estiveram "muito perdidas porque as referências que tínhamos sobre mulheres eram narradas por homens, com as quais não nos sentíamos identificadas. A consequência é uma pessoa sentir-se culpada por não se adequar ao que se espera de nós”, reflete, em entrevista, a escritora que lançou recentemente o livro “Mulheres Más”.

Com este dia, a ONU pretende homenagear todas as mulheres que todos os dias se deparam com desigualdades perante uma sociedade que teima em manter vícios patriarcais que negam às mulheres o seu papel na política, no direito de igualdade no trabalho (a paridade salarial entre mulheres e homens está prevista para daqui a 132 anos!?), educação, e muitos outros setores.

O dia internacional da mulher foi celebrado pela primeira vez em 1911, originalmente, não tinha um dia certo, mas era sempre em março. Foi após a greve das operárias russas, a 8 de março de 1917, que marcou o início da Revolução Russa, que passou a ser sempre celebrado nesse dia.

Mas da Rússia, as notícias que nos chegam desde fevereiro de 2022 são de guerra, destruição e de histórias de mulheres corajosas que tudo fazem para se salvarem, a si e às suas famílias. Foi o caso de Angelica.

Quando as tropas de Putin invadiram a Ucrânia no ano passado, Angelica vivia em Zaporijia e passou três dias num abrigo antibomba, em casa de uns amigos. A ucraniana manteve-se a si e à sua família a salvo e durante a fuga, cheia de perigos frequentes, conseguiu chegar a um “Port(ugal) seguro”. No entanto, a experiência não terá sido das melhores.

A família que acolheu Angelica bateu no seu filho. Esse foi o momento em que decidiu voltar ao seu país em guerra. Angélica conta a história destas duas viagens, de ida e volta.

Ainda sobre o conflito na Ucrânia, A NATO reconheceu hoje que Moscovo "não deve ser subestimado", num momento em que a queda de Bakhmut pode acontecer nos próximos dias.

Por cá, os professores preparam mais uma reunião com o Ministério da Educação, que vai acontecer amanhã, pelo que importa saber o que ainda os separa após semanas de negociação.

E não posso fechar esta edição sem deixar o link para a página do "Um Género de Conversa", podcast conduzido por Patrícia Reis e Paula Cosme Pinto.

“Este podcast é sobre mulheres. Não é vedado aos homens mas, insistimos, é sobre as mulheres. Uma hora de conversa entre mulheres, sobre mulheres, para mulheres. Os homens que calharem a ouvir são capazes de beneficiar com isso”.

Já está na minha playlist.

 
 
 
 

 
 

Faz sentido ser feminista? Infelizmente, faz todo o sentido. Continuar a ler