Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average cedeu 0,99%, para os 24.442,92 pontos.

O tecnológico Nasdaq teve a queda mais forte entre os principais índices bolsistas, com uma desvalorização de 1,63%, para as 7.050,29 unidades, e o alargado S&P500 recuou 0,66%, para as 2.641,25.

Não obstante, todos tinham começado a sessão com ganhos claros, com os investidores a procurarem recuperar perdas ao fim de várias sessões difíceis: desde o início do mês, o Nasdaq perdeu 12,4%, S&P500 contraiu 9,4% e o Dow Jones baixou 7,6%.

“Esta volatilidade acrescida deixou de ser exceção e passou a ser a norma”, considerou Art Hogan, da B. Riley FBR.

“De uma perspetiva técnica, os investidores desejam ver de forma mais acentuada que o movimento de contração atingiu um limite” antes de se relançarem no mercado, estimou Karl Haeling, da LBBW.

“Do ponto de vista dos fundamentais (do mercado), os investidores estão inquietos com os lucros das empresas, receiam que as tensões comerciais aumentem os custos e reduzam as margens e temem o impacto de uma diminuição do crescimento”, acrescentou.

Estas inquietações foram reavivadas durante a sessão por informações da Agência Bloomberg segundo as quais os EUA estão a preparar sanções suplementares contra a China, se as discussões previstas para novembro entre Donald Trump e o seu homólogo chinês Jinping não permitirem apaziguar as tensões comerciais.

A Boeing, que perdeu 6,59%, particularmente sensível a rumores sobre as negociações comerciais entre os dois países, foi severamente afetada.

Os títulos do setor tecnológico, fortemente abalados desde o início do mês, foram, por seu lado, um pouco mais abalados pelo anúncio de uma taxa sobre os serviços numéricos no Reino Unido.

“Num mercado já nervoso, o medo ganhou ascendência”, comentou Adam Sarhan, da 50 Park Investment. “Os compradores saíram do mercado e deixaram o controlo aos vendedores”, adiantou.

Os investidores estão mais convencidos, na sua opinião, a permanecerem contraídos, uma vez que estão à espera dos resultados das eleições de 06 de novembro, para se posicionarem em função do resultado.