"Os 2% a mim, confesso-vos que me surpreenderam, vindos da Comissão Europeia. Eu tinha a noção de que a economia estava a aguentar-se melhor do que alguns previam em meados do ano, quando parecia ter havido ali uma desaceleraçãozinha no turismo que não houve, em junho e julho", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado, que falava à saída da Web Summit, no Parque das Nações, em Lisboa, acrescentou: "Portanto, os 2% significam uma boa surpresa para mim, não só por ser acima da média europeia, mas sobretudo porque eu temia que no segundo semestre tendesse a diminuir e ficasse aquém das previsões do Governo".

Em relação a 2020, o Presidente da República referiu que "as previsões são todas muito pessimistas da Comissão Europeia para toda a Europa, para a zona euro, e, portanto, são também de desaceleração no caso português" e concluiu: "Vamos ver o que se passa".

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "há um fenómeno que pode ajudar Portugal", que é "sair razoavelmente bem do último trimestre deste ano", porque "isso tem um efeito inicial positivo no primeiro trimestre do ano seguinte", mas "depende muito também do que acontecer lá fora".

"Apesar de tudo, pode haver duas notícias razoáveis. Uma é um acordo [para a saída do Reino Unido da União Europeia] com os britânicos - o não haver acordo dava um ano que vem muito mais preocupante, espero que haja um acordo. Segunda, é que haja um mínimo de acordo [comercial] entre os Estados Unidos da América e a China", apontou.

(Notícia atualizada às 20h46)