“Nós prevemos adotar o nosso imposto para os serviços tecnológicos em abril”, declarou Javid durante um painel no Fórum Económico Mundial (WEF) na estação suíça de Davos.

“É um imposto proporcional e que foi concebido deliberadamente como temporário. (O imposto) desaparece uma vez que haja uma solução internacional”, assegurou o ministro que falava ao lado do secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.

Javid considerou que “este ano pode ser o ano da mudança”, esperando um acordo entre vários países sobre o assunto através da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).

Numa entrevista à BBC, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, advertiu para o risco de “cacofonia” se cada país adotar o seu próprio imposto e pediu ao Governo britânico “para esperar e contribuir para uma solução multilateral”.

Mnuchin reiterou hoje em Davos as ameaças de represálias através da adoção de tarifas punitivas sobre as importações de automóveis europeias se as empresas tecnológicas forem tributadas “arbitrariamente” na Europa.

A decisão de Londres de manter o imposto para as tecnológicas pode comprometer o projeto de negociar com os Estados Unidos um vasto acordo de livre troca uma vez que o ‘Brexit’ esteja concluído no final de janeiro. Javid indicou que as negociações comerciais com Washington já começaram.

O projeto de Londres de um imposto para as tecnológicas foi divulgado no final de 2018 pelo Governo conservador na altura e deverá ser de 2% para determinados serviços tecnológicos bem identificados como os motores de busca, as redes sociais e as vendas ‘on-line’.

O imposto só será aplicado a empresas com volumes de negócios de mais de 500 milhões de libras por ano (560 milhões de euros) e gerar receitas de cerca de 400 milhões de libras por ano até 2022.

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