“Em princípio é para ser vendido, como se trata de uma pedra especial, as boas práticas recomendam que, caso se venda, seja em leilão”, disse Ganga Júnior, em declarações à agência Lusa, à margem da cerimónia de anúncio hoje das empresas vencedoras do concurso público internacional para concessões de diamantes e fosfatos em Angola.

Segundo Ganga Júnior, esta pedra foi descoberta na semana passada.

Num comunicado divulgado esta semana, a Endiama anunciou a descoberta do diamante de 171 quilates na mina do Lulo, na província da Lunda Norte, onde foi também encontrado o maior diamante de sempre em Angola.

“Não temos pressa, até porque mesmo fazendo um leilão as pessoas estão impossibilitadas de vir (devido à pandemia de covid-19), então vamos ter calma. O certo é que vai ser em leilão e quem oferecer melhores condições comprará”, disse.

Ganga Júnior salientou que a possível baixa do preço pós-covid-19, “é uma questão que tem que ser gerida”.

“Nas circunstâncias atuais não é bom ter pressa para vender e não precisamos de colocar tudo em venda na mesma altura, por isso é que tivemos de criar uma almofada financeira, no sentido de essa pressão na venda não ocorrer”, frisou.

A gema branca, extraída no bloco 6 da mina, é a 15.ª de mais de 100 quilates recuperada no Lulo, a 2.ª de mais de 100 quilates explorada em 2020, e a 4.ª maior desde o início das operações, informou a Endiama em comunicado.

Os blocos 06 e 08 foram responsáveis pela produção de 13 a 15 pedras com mais de 100 quilates saídas desta mina, incluindo o maior diamante alguma vez encontrado em Angola (2016), com 404,2 quilates.

A sociedade mineira do Lulo, que opera a mina, é formada pela Endiama, a empresa australiana Lucapa Diamond e a Rosa e Pétalas.