Trata-se de uma queda acentuada num mês de vendas, que já tinham caído 5,2% em março em relação a fevereiro, num período que incluiu apenas a primeira semana de confinamento introduzida em 23 de março no Reino Unido e que permaneceu em vigor durante todo o mês de abril, informou hoje o gabinete de estatísticas (ONS).

Todos os setores da economia registaram uma queda das vendas em abril, com o fecho generalizado das lojas, excluindo alimentação ou de venda de bens considerados essenciais.

Mesmo as vendas de bens alimentares recuaram 4% em abril, porque após um aumento recorde nas chamadas “compras de pânico”, antes do confinamento, as famílias deslocaram-se menos às lojas que permaneceram abertas.

O setor do vestuário foi particularmente atingido, com uma queda de 50% em volume, após uma descida de 34% no mês anterior, assim como os postos de gasolina, que também sofreram particularmente (com uma queda de 52%).

As vendas ‘online’, por seu turno, aumentaram 18%, assim como as compras de álcool (2,3%), principalmente porque bares e restaurantes foram fechados.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 330 mil mortos e infetou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (quase 2,3 milhões contra perto de dois milhões no continente europeu), embora com menos mortes (cerca de 135 mil contra mais de 170 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

O Reino Unido registou, segundo o balanço mais recente, 36.042 mortos e perto de 251 mil casos de infeção.