“Vamos fazer um ‘roadshow’ [apresentação aos investidores] em várias praças financeiras, a começar por Nova Iorque, na segunda-feira”, disse Archer Mangueira em entrevista à agência Lusa, à margem dos Encontros da Primavera, que decorrem até domingo em Washington.

“O mínimo é dois mil milhões de dólares, mas pode ser mais”, disse o governante, salientando que a expectativa é que as taxas de juro exigidas pelos investidores fiquem em linha com as praticadas atualmente na emissão de dívida que Angola lançou em 2015.

“A expectativa que temos é que [a taxa de juro] ficará abaixo da dos títulos emitidos em 2015, que já estão a ser comercializados a menos de 7%; foram lançados a 9,5% e estão a ser comercializados a 7%, portanto a nossa expectativa é que fiquem a esse nível”, disse o ministro das Finanças de Angola à Lusa.

De acordo com o Plano Anual de Endividamento, Angola prevê captar 6,721 biliões de kwanzas (23.800 milhões de euros) de dívida pública, em 2018, totalizando 54.500 milhões de euros de endividamento.

De acordo com o documento, elaborado pelo Ministério das Finanças em meados de fevereiro, estas necessidades repartidas por 4,762 biliões de kwanzas (18.100 milhões de euros) a captar em dívida emitida internamente e 1,959 biliões de kwanzas (7.400 milhões de euros) em desembolsos externos, visam “colmatar as necessidades de financiamento” do Orçamento de 2018.