Max Verstappen e a Red Bull Racing voltam a estar muito bem classificados, demonstrando ao longo dos treinos livres e da qualificação um ritmo muito elevado no circuito de Jidá. Isto significa que desde o GP do Bahrain, primeira ronda do campeonato, nada mudou.

No outro lado da boxe, Sergio Pérez ficou na terceira posição, tendo Charles Leclerc dividido os Red Bull com o segundo lugar na qualificação. Para a corrida, o monegasco parece ser a maior ameaça a Max Verstappen. Embora Leclerc tenha efectuado algumas voltas encorajadoras durante a segunda sessão de treinos-livres, o piloto da Ferrari tem um grande desafio pela frente: não deixar fugir Verstappen nas primeiras voltas.

Na casa de Maranello, mudanças para este fim-de-semana. Apesar de Carlos Sainz ter feito os dois primeiros treinos-livres, uma apendicite e consequente cirurgia retirou-o de competição, dando assim a oportunidade de fazer o primeiro Grande Prémio na F1 a Oliver Bearman, piloto da Prema Racing na F2 (competição de suporte da F1). Bearman estreou-se com alguma pompa, tendo falhada a terceira ronda de qualificação (Q3) por meras décimas de segundo.

A outra ameaça na frente pode chegar de Fernando Alonso, que largou em segundo ao lado de Sergio Perez no ano passado e até chegou a assumir a liderança da corrida no início. Desta vez, os dois voltam a alinhar lado a lado, mas na segunda linha, e embora Alonso não esteja confortável com o ritmo de corrida do Aston Martin, irá sempre batalhar até ao fim por um bom resultado.

Na Mercedes, voltam as 'queixas' e as antevisões não são as melhores. No final da qualificação, Lewis Hamilton, que se qualificou na oitava posição, afirmou à SportTV que tentou utilizar "todas as afinações" possíveis para fazer o seu carro mais rápido, mas que apesar disso, espera "que o nosso ritmo de corrida seja melhor". Para George Russell, a conversa é um pouco diferente, afirmando que o W15 tem "um bom ritmo de corrida, é bom em velocidade de reta", mas uma das dificuldades apontadas é o "andar atrás de outros carros".

Circuito de Jeddah Corniche 

Um dos circuitos mais velozes da temporada, na Arábia Saudita os pilotos terão de ultrapassar 27 curvas, num circuito de alta velocidade, onde os desgaste dos pneus e também o desgaste do travões, devido às fortes zonas de travagem, pode ser um fator decisivo.
Todos os tópicos acima são relevantes, independentemente de haver ou não interrupções na corrida, mas este é um circuito onde o Grande Prémio pode ser virado do avesso num instante.

A natureza de alta velocidade do traçado e os muros que definem os limites da pista proporcionam uma maior probabilidade de contacto, quer entre um carro e uma barreira, quer entre dois pilotos que lutam em pista com pouca margem para erros.

Para além de pneus, neste circuito os incidentes são algo a ter muito em conta. Circuito citadino, com poucas escapatórias, as bandeiras vermelhas no treino-livre 3 e na qualificação são outro exemplo do aumento da probabilidade de uma interrupção, e não só tendem a aglomerar o pelotão em condições de corrida, como também podem fazer ou desfazer a estratégia de um piloto, dependendo do momento.