Após uma sequência negativa de jogos - uma série de quatro derrotas consecutivas para o campeonato -, o interregno da liga para os compromissos das seleções trouxe, segundo o técnico, uma maior estabilidade emocional ao plantel, alimentada também pela vitória contra o Felgueiras (3-1), a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.

“A pausa deu para consolidar comportamentos, termos mais tempo para trabalharmos, estabilizarmos. Depois da pausa, tivemos o jogo da Taça de Portugal em que nos saímos bem, vitoriosos que era o mais importante, para poder melhorar do ponto de vista emocional. Agora, melhor do que uma vitória só duas vitórias, esta sequência de ânimo, que tem vindo a ser crescente, tem de ser reforçada com resultados. Não chega ter boas exibições”, reiterou o treinador, em conferência de imprensa de antevisão à partida que inaugura a jornada.

Perante uma situação difícil ao nível dos resultados, apesar das “boas exibições”, Daniel Ramos assume que, face à situação, os três pontos não são o “objetivo único, mas muito orientador”, frente a um Moreirense que considera ser uma “boa equipa” e constante na sua forma de jogar.

“O Moreirense vai ser fiel àquilo que tem vindo a apresentar. Tem sido um Moreirense muito parecido de jogo para jogo, com uma forma de defender e uma ideia de atacar sempre idênticas. Foi uma equipa que fora, à exceção do jogo com o Sporting, somou bons resultados e, para nós, isso é um alerta. Até porque historicamente o Arouca nunca conseguiu vencer o Moreirense em casa [no principal escalão]”, constatou.

Os cónegos vêm de uma derrota frente ao Paredes, do Campeonato de Portugal, por 2-1, num caso paradigmático de uma eliminatória em que se ‘fez taça’, e o treinador arouquense assume que o desaire pode ter um efeito de desconfiança no adversário, mas garante que o seu conjunto vai entrar em campo unicamente preocupado com “aquilo que tem a fazer”.

O técnico deixou ainda uma palavra de apreço a Vitinho, que voltou a pisar os relvados diante do Felgueiras, após uma longa paragem por lesão, que se estendeu desde outubro do ano transato.

“Fiquei feliz pelo Vitinho. Posso confidenciar que, no final do jogo, ele estava um bocadinho em lágrimas para chegar ao ponto que felizmente já atingiu. Está estável, a trabalhar bem, conto muito com ele, nós percebemos que tem muito valor e que certamente vai ajudar a equipa. É uma questão de continuidade e oportunidades também. A trabalhar como está a trabalhar irá merecer oportunidades no futuro breve”, revelou.

O Arouca, 16.º classificado da I Liga, com seis pontos, receberá o Moreirense, oitavo, com 11, pelas 20:15 de sexta-feira, sob arbitragem de Bruno Pires Costa, da associação de Viana do Castelo.