"Ser portista é um estado de alma e é nessa unidade que aqui hoje nos encontramos. Hoje damos início a uma nova era na história do nosso clube. Uma era que terá o meu compromisso, e de todos os que integram a minha equipa, para elevar o bom nome do FC Porto vincado pelo sentido de exigência de todos os portistas e respeitando a importância do seu palmarés", disse André Villas-Boas, abordando depois as eleições recentes.

"Vivemos até há dias um ciclo eleitoral vivo, dominado pela vitalidade e vontade dos sócios em imprimir uma mudança histórica no rumo do FC Porto. Nessa vontade, sabemos que resistem três pilares fundamentais que obrigarão esta nova direção a elevar-se para responder à altura da confiança em nós depositada. O primeiro, o de um FC Porto dos associados, respeitador da sua génese, representativo da emoção e amor de cada um por esta instituição. Um clube dos sócios e para os sócios; O segundo, o de um FC Porto vencedor, indomável, imortal, temido pelos seus adversários, que joga em cada campo e em cada modalidade para ganhar; O terceiro, o de um FC Porto moderno, arrojado, organizado, estruturado, transparente e financeiramente sustentável. Todos amamos o FC Porto e todos o queremos no lugar onde ele merece estar. O primeiro lugar sempre! Na passada semana foi timbrada a letras de ouro uma das mais belas páginas da vida do associativismo do nosso clube", salientou o novo líder, que não se esqueceu de Pinto da Costa na hora do discurso.

"Não existem palavras para descrever ou até agradecer tudo o que fez pelo FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa. O presidente dos presidentes não é metáfora! É memória, é respeito e gratidão, mas é sobretudo obra, vitória e glória. Uma folha de serviços única, que traz consigo um pensar vivo e presente: "Este é o FC Porto que vos deixo, cuidem dele". Jorge Nuno Pinto da Costa: assim o iremos fazer. O seu legado é eterno e será sempre respeitado", referiu, abordando depois a questão da SAD do FC Porto ainda não ter apresentado a sua demissão, para entrar a de Villas-Boas.

"Não poderia deixar de terminar este discurso sem fazer um apelo ao bom senso da administração da SAD do FC Porto! A vossa renúncia não seria jamais considerada um ato de fuga, mas sim, um ato nobre que vos elevaria. O clube não tem dois presidentes, tem um presidente eleito pela vontade expressa dos sócios numa mudança. Atrasar o inevitável é adiar a construção de um FC Porto mais forte de futuro e estou seguro de que é isso que vossas excelências desejam. A todos os associados do FC Porto, a todos os portistas e convidados aqui presentes o meu muito obrigado por tornarem este dia, um dia histórico do futuro do FC Porto! Só Há um Porto! Viva o FC Porto!", concluiu.