“Foi recolhida prova documental relativa à alegada atividade ilícita praticada por um casal no auxílio à entrada e à permanência ilegal de cidadãos estrangeiros em Portugal, a troco de elevadas quantias monetárias”, informou o SEF, na sequência de uma investigação em curso, sob coordenação do Ministério Público da Moita, e após a realização de buscas num domicílio no Vale da Amoreira.

Em comunicado, este órgão de polícia criminal referiu que “a mulher, cidadã estrangeira, e o marido, cidadão português, com 55 e 54 anos, respetivamente, foram constituídos arguidos”.

Segundo o SEF, a mulher suspeita do crime de auxílio à imigração ilegal terá, desde 2018, “persuadido, através das redes sociais, dezenas de compatriotas a vir para Portugal”, a fim de poderem trabalhar e residir no país, garantindo-lhes ajuda para a imediata legalização.

“Terá, ainda, elucidado os imigrantes a entrar em Portugal como turistas e, com a ajuda do marido, encaminhava-os do Aeroporto de Lisboa para sua casa, cobrando-lhes elevadas quantias pelo transporte, alojamento e despesas alegadamente necessárias para obtenção de contratos de trabalho, abertura de contas bancárias, inscrições nas Finanças e na Segurança Social e demais documentos necessários para a legalização junto do SEF”, indicou este órgão de polícia criminal.

De acordo com o SEF, as buscas ao domicílio do casal suspeito do crime de auxílio à imigração ilegal permitiu apreender meios informáticos, telemóveis e abundante documentação como prova dos ilícitos.