“Esta tendência para inundar a Ucrânia com armas, especialmente armas pesadas, é um ato que ameaça a segurança do continente e causa instabilidade”, disse o porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.

A chefe da diplomacia britânica, Liz Truss, afirmou, na quarta-feira, que o Reino Unido redobrou o apoio à Ucrânia e apelou aos países ocidentais para aumentarem a produção militar, nomeadamente de tanques e aviões, para ajudar Kiev.

Também a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, acusou hoje os países da União Europeia (UE) de violarem as suas obrigações ao aumentarem o fornecimento de armas à Ucrânia.

Zakharova referiu a posição comum da UE, que “proíbe a exportação de armas, se tal criar riscos óbvios da sua utilização para a repressão interna no país beneficiário ou conduzir a uma violação dos direitos humanitários internacionais, contribuir para a emergência ou agravamento de conflitos armados”.

“Estas não são obrigações que os países da UE tenham dado a alguém, esta é a sua própria posição”, disse.

Zakharova argumentou também que o Tratado Internacional sobre o Comércio de Armas proíbe a “transferência de armas convencionais se se souber com certeza que serão utilizadas para cometer atos de genocídio, crimes contra a humanidade ou violações graves das Convenções de Genebra”.

“Este é todo o conjunto de crimes que os neonazis ucranianos e as unidades das Forças Armadas da Ucrânia lideradas por eles cometem todos os dias “, acusou a porta-voz da diplomacia russa, citada pela agência oficial TASS.