“Durante 48 dias de guerra, houve cerca de 400 enterros”, disse o representante na plataforma Telegram, sem indicar as causas das mortes, mas esclarecendo que foram enterrados em “caixões individuais”.

Na povoação vizinha de Lyssytchansk, Gaidai referiu que, pelo contrário, “os mortos foram enterrados em valas comuns”.

“As morgues nas cidades controladas [pela Ucrânia] estão repletas de corpos de civis. A eletricidade é intermitente ou inexistente. Há também corpos em caves” de edifícios, declarou ainda, explicando que as pessoas estão a ser enterradas quando possível, durante as pausas dos bombardeamentos.

Serguii Gaidai acrescentou que a situação é muito complicada em Popasna e Rubijne, duas outras localidades situadas junto à linha da frente, parcialmente ocupadas e onde “é impossível a retirada dos corpos”.

“Devido aos bombardeamentos, em certas zonas, os corpos permaneceram nas ruas”, afirmou.

Pavlo Kirilenko, governador da região vizinha de Donetsk, indicou que as tropas russas iniciaram a “etapa final” do seu reagrupamento antes de um assalto a esta região.

Numa referência à situação em Mariupol, cercada há mais de 40 dias e onde parece iminente o fim da resistência ucraniana, Kirilenko assinalou que os combates “prosseguem dia e noite”, e reconheceu que as forças ucranianas “não têm praticamente nenhum contacto” com a estratégica cidade portuária do sudeste do país.

Kiev já anunciou que aguarda uma grande ofensiva russa contra o leste da Ucrânia, que se tornou no alvo prioritário do Kremlin, e pediu aos habitantes para se retirarem dessas regiões o mais rapidamente possível.