Esta posição foi transmitida por Mariana Vieira da Silva na parte inicial do discurso que proferiu no encerramento do debate do Programa do XXIII Governo Constitucional na Assembleia da República.

“Não nos equivoquemos. Podemos ter nesta Assembleia [da República] críticas - muitas vezes simétricas - da esquerda à direita. Mas, lá fora, foi este o caminho que os portugueses escolheram para Portugal”, declarou a ministra da Presidência.

No último dia e meio de debate parlamentar, de acordo com Mariana Vieira da Silva, a Assembleia da República debateu o Programa do XXIII Governo”.

“E aquilo a que pudemos assistir foi ao mesmo tipo de acusações e prognósticos que aqui se fizeram em 2015 e em 2019”, designadamente de que “não estaríamos preparados para governar em momentos difíceis e de que não estávamos a preparar o país para os desafios do futuro. Garantiram-no no passado. Repetiram-no hoje”, declarou a “número dois do executivo”, citou.

No entanto, para Mariana Vieira da Silva, “os prognósticos e maus augúrios que as oposições apresentaram no parlamento foram sendo, ano após ano, desmentidos - desmentidos pelos factos e desmentidos pelos votos dos portugueses”.

“Todos os males avistados foram desmentidos pelos factos: No emprego, no rendimento, no crescimento e na política orçamental. Temos hoje, apesar da pandemia [da covid-19], os níveis de emprego em máximos históricos, convergimos com a União Europeia em 2016, 2017, 2018 e 2019 e retomaremos esse caminho já em 2022”, disse.

Mariana Vieira da Silva sustentou a seguir que o salário mínimo “subiu 40% desde 2015 e o rendimento médio mensal líquido da população empregada subiu 23%”.

“Tivemos o primeiro saldo orçamental positivo da democracia e, apesar da pandemia, em 2021 já estamos abaixo dos 3%”, apontou.

A titular da pasta da Presidência observou depois que “os pessimismos das oposições foram também sendo derrotados pelos votos”.

“Em cada uma das vezes que os portugueses foram chamados às urnas em eleições legislativas, desde 2015, deram mais força ao caminho que vimos trilhando e às políticas que fomos prosseguindo. O programa que apresentámos é, por isso, como não podia deixar de ser, o mesmo que foi sufragado pelos eleitores. E a composição desta assembleia é, aliás, a representação mais fiel da aprovação maioritária dos portugueses a este Governo, ao programa que aqui apresentámos e discutimos, à estratégia que definimos para o país e também aos seus resultados”, frisou.

Os eleitores, salientou Mariana Vieira da Silva, “votam para escolher deputados, mas também para escolher um programa eleitoral, um caminho para o seu país”.

“Forma Governo quem tem a capacidade de aprovar o seu programa. Ora, o que assistimos no último dia e meio é que parece que alguns partidos estavam à espera de que o Governo fizesse tábua rasa dos seus compromissos e dos resultados eleitorais e aparecesse aqui com as ideias e o programa dos partidos da oposição”, acrescentou.