“No primeiro trimestre de 2022, registou-se uma recuperação do número de passageiros nas empresas de transportes coletivos tuteladas pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática”, indicou a tutela, salientando que “em termos agregados e face ao período homólogo, no Metropolitano de Lisboa, no Metro do Porto e na Soflusa/Transtejo a procura mais do que duplicou (variação de 137%)”.

No primeiro trimestre de 2021, as três empresas transportaram 19,3 milhões de passageiros, recordou o Governo.

Das três empresas, o Metropolitano de Lisboa foi aquela, segundo a mesma fonte, em que se assistiu “a uma maior recuperação (146% face ao trimestre homólogo de 2021)”, para 28,7 milhões.

O Metro do Porto registou 13,7 milhões de passageiros (mais 129%) e a Transtejo/Soflusa fechou o trimestre com 3,4 milhões (mais 102%).

“Apesar do acréscimo do número de passageiros, a procura por estes meios de transportes coletivos ainda está aquém da verificada no primeiro trimestre de 2019, quando a operação das empresas ainda não fora afetada pela pandemia”, reconheceu a tutela, indicando que “o número de passageiros verificado no primeiro trimestre de 2022 representa 72% da procura registada no primeiro trimestre de 2019 e 77% da procura do primeiro trimestre de 2020”.

Ainda assim, “analisando a procura mensal, verifica-se uma tendência para a recuperação do uso destes meios de transporte entre janeiro e março deste ano”, de acordo com o comunicado.

O Governo lembrou ainda que no triénio 2019-2021, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática mobilizou 662 milhões de euros para os transportes públicos.

Além disso, indicou, este ano, na proposta de Lei do Orçamento do Estado, “estão inscritos 138,6 milhões de euros para o PART”, aos quais podem acrescer “mais 100 milhões de euros para assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, tendo em conta um cenário mais adverso dos efeitos da crise pandémica no sistema de mobilidade”, sendo que o “PROTransP será reforçado para 15,5 milhões de euros”.