Os Estados Unidos tornaram-se "mais diversos racial e etnicamente", e mais urbanos nos últimos 10 anos, segundo os censos. A população "branca" diminuiu 8,6% entre 2010 e 2020, algo sem precedentes desde que dados desta natureza começaram a ser recolhidos, em 1790.

Apesar da queda, os brancos continuam a ser de longe o maior grupo do país, respondendo por 204 milhões de residentes no ano passado, ou 61,6% da população. Uma década antes, as pessoas que se identificavam como apenas brancas representavam 72,4%.

Nicholas Jones, funcionário da divisão de população do censos, explicou que melhorias nos questionários, agregadas a uma metodologia nova em comparação com o relatório de 2010, influenciaram os resultados, além de "algumas mudanças demográficas".

A categoria "branca e outra raça" - combinada com afro-americana ou asiática, por exemplo - disparou 316% na última década, somando 235 milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, é comum fazer-se a definição de acordo com a origem étnica, e o questionário do censo pergunta sobre a "raça" com a qual cada cidadão se identifica.

O número de pessoas que se identificam como hispânica - especificada como etnia, e não raça, no questionário - aumentou 23%, atingindo 62 milhões de cidadãos, ou 18% da população. Os afro-americanos representam 12,4% da população (41 milhões de pessoas), percentagem que se manteve estável nos últimos 10 anos.

A população asiático-americana, por sua vez, aumentou 35,5%, para 20 milhões de cidadãos (6% da população dos Estados Unidos). Os nativos americanos constituem 1,1% da população.