Miguel Vasconcelos, dirigente da OE, que hoje esteve naquele hospital, contou aos jornalistas que cerca de 20% das 450 pessoas internadas estão atualmente infetadas.

Para a OE, trata-se de um número “muito elevado” e que “rapidamente se pode multiplicar e disseminar ao resto dos internados”.

Miguel Vasconcelos indica que a situação pode “impactar drasticamente com a qualidade dos cuidados prestados e pôr em risco a vida das pessoas”.

Anotou, ainda, não ter conhecimento de surtos de bactérias com este impacto noutros hospitais do país, reafirmando que 20% dos doentes internados é “um número muito elevado”.

Miguel Vasconcelos reafirmou que o Hospital Padre Américo, em Penafiel, integrado na Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa, está subdimensionado para a região que serve (cerca de meio milhão de pessoas), apresentando “um défice de profissionais já conhecido”.

Aquela situação, sinalizou, “pode impactar ainda mais, porque 35 enfermeiros “vão acabar o contrato agora”, afetando a capacidade de resposta do hospital

“Esta bactéria multirresistente exige alguns cuidados, nomeadamente de isolamento, e profissionais dedicados àqueles doentes”, trabalho que pode ser prejudicado se não houver enfermeiros suficientes, concluiu.