Citada pela agência noticiosa Efe, a representante do ACNUR no Sudão do Sul, Marie Helene, afirmou que a medida foi adotada porque o campo de Gorom, a oeste da capital, Juba, e concebido para receber mil refugiados etíopes, estava agora “cheio, com mais de 50.000 refugiados” sudaneses.

Os sudaneses foram acolhidos temporariamente em Gorom após o início do conflito entre o Exército do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

“As autoridades do Sudão do Sul decidiram que os refugiados sudaneses que desejem ficar nos campos da ONU (…) serão registados em três campos para si designados” junto à fronteira sudanesa, de acordo com a responsável.

Já o representante em Gorom do Ministério dos Assuntos Humanitários do Sudão do Sul, Peter Garang, disse à agência noticiosa espanhola que o seu país prevê a chegada de mais refugiados sudaneses devido à continuação do conflito.

“Serão recebidos assim que atravessarem a fronteira”, apontou, acrescentando que nos novos campos “existem serviços melhores e suficientes”.

O ACNUR estima que o número de refugiados devido ao conflito seja superior a um milhão, incluindo mais de 240.000 pessoas no Sudão do Sul.