“A senhora tem 50 e tal anos e escorregou nos passadiços, caindo ao rio. Foi arrastada rio abaixo, centenas de metros, e conseguiu nadar até à outra margem. Com o caudal que o rio leva, teve de ser uma pessoa com muita coragem, e a saber nadar muito bem. Até lhe dei um beijo, que a grande maioria das pessoas não fazia o que ela fez”, descreveu à Lusa o primeiro comandante dos bombeiros de Arouca, Floriano Amaral.

Os bombeiros foram alertados para a queda por volta das 14:00 e, quando chegaram ao local, encontraram a mulher a salvo, na outra margem, apenas com “algumas amassadelas” e a andar pelo próprio pé, acrescentou a mesma fonte.

“Aproveitou a corrente do rio e atravessou a nado para a outra margem. Terá estado na água cerca de 20 minutos, 30 minutos, se tanto”, descreveu o primeiro comandante dos bombeiros de Arouca.

De acordo com o responsável, os bombeiros deram os trabalhos por encerrados pelas 15:15.

Floriano Amaral assinala que “a grande maioria das pessoas não faria” o que a mulher fez.

“É precisa muita garra, muita vontade de viver. Ela mesma disse que pensou que morria”, acrescentou.

Os Passadiços do Paiva localizam-se na margem esquerda do Rio Paiva, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro.

São compostos por mais de oito quilómetros, numa caminhada que tem a duração média de 02:30, nível de dificuldade “alto” e “desníveis acentuados”.