"Entendi que essa reunião, neste contexto, deveria ser adiada uns dias, porque este é um momento de pesar para o Exército e para as Forças Armadas portuguesas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à RTP no decurso da sua visita à BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa no Parque das Nações.

A reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional — que convoca, além do Presidente da República, o primeiro-ministro, vários ministros, os Presidentes dos Governos das Regiões Autónomas e o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre outras figuras — estava marcada para esta sexta-feira à tarde.

A explosão ocorrida hoje no Campo Militar de Santa Margarida, em Constância, provocou um morto, dois feridos graves e três feridos ligeiros, segundo apurou o SAPO24 junto de fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O incidente ocorreu no decurso de uma operação de desativação de explosivos.

Após falar com a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, e com o Chefe do Estado-Maior do Exército, o General José Nunes da Fonseca, Marcelo disse estar a acompanhar "a par e passo o que se sucede", garantindo que vai "visitar logo que possível os feridos”.

Instado a comentar as circunstâncias do acidente, Marcelo lembrou que este tipo de exercícios "uma realidade muito comum", mas que desta vez, "ao contrário do que tem sido a regra geral, houve vítimas". "Tratava-se de uma equipa muito especializada e muito competente", disse o Presidente da República. "Lamento profundamente o que aconteceu”, pontuou.

O Exército referiu que ocorreu uma "explosão inadvertida" durante uma operação de desativação de explosivos e anunciou a abertura de um processo de averiguações, entregue à Polícia Judiciária Militar (PJM), que tomou conta da ocorrência.

Questionado se as circunstâncias em que ocorreu este caso são merecedoras de investigação, Marcelo declarou que "certamente vai ser apurado" o que aconteceu, mas frisou que este tipo de operações são parte do quotidiano das atividades do Exército.