A empresa, cuja extensa gama de sabores exóticos para vaporizadores a tornaram sinónimo dos cigarros eletrónicos nos EUA, não admitiu uma prática prejudicial, mas concordou em controlar a sua publicidade.

No processo, a empresa concordou em retirar anúncios voltados ao público jovem, inclusive nas redes sociais. O que também implica garantir que as lojas norte-americanas não vendam os seus produtos a menores.

"A Juul coloca os lucros à frente das pessoas", acusou o procurador-geral Bob Ferguson, que entrou com o processo em 2020. "A empresa alimentou um aumento impressionante do 'vaping' entre adolescentes, revertendo décadas de progresso na luta contra o vício em nicotina."

"A decisão de hoje força a Juul a entregar dezenas de milhões de dólares dos seus lucros e limpar as suas ações implementando uma série de reformas corporativas", continuou Ferguson.

Um porta-voz da Juul disse à AFP que "este acordo é mais um passo nos esforços contínuos para restabelecer os nossos negócios e corrigir problemas passados. Apoiamos o plano do Procurador-Geral do Estado de Washington de implementar recursos para lidar com o consumo entre menores de idade, bem como a sua monitorização e fortalecimento no futuro".

"Os termos deste acordo são consistentes com as nossas práticas comerciais atuais e com acordos anteriores para ajudar a combater o consumo entre menores de idade, ao mesmo tempo em que oferece aos fumadores adultos acesso aos nossos produtos como forma de se livrar dos cigarros tradicionais", completou o porta-voz.

Os vaporizadores aquecem um cartucho de líquido que contém nicotina e outras toxinas num aerossol. Os utilizadores inalam o vapor resultante imitando o consumo de cigarros convencionais.

O processo alegava que a Juul "inundou as redes sociais com anúncios coloridos apresentando modelos de aparência jovem em poses divertidas" que se assemelhavam a muitas das campanhas de "grandes empresas de tabaco"