O Grupo VITA refere em comunicado enviado às redações que, "ao longo destes onze meses de funcionamento",  foi contactado "por 89 pessoas que reportaram situações sexualmente abusivas no contexto da Igreja Católica em Portugal. A maior parte das pessoas está a ser encaminhada para um processo de acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico regular".

Por sua vez, "vinte e quatro pessoas solicitaram até ao momento uma reparação financeira, processos que serão, posteriormente, avaliados de acordo com os critérios a definir pela Conferência Episcopal Portuguesa, em articulação com o Grupo VITA e com as Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis."

"O Grupo VITA defende uma avaliação caso a caso, tendo em conta aquilo que décadas de investigação científica têm demonstrado relativamente ao facto de o dano psíquico em situações traumáticas ser influenciado por diversas variáveis", pode ler-se.

É também adiantado que "o segundo relatório de atividades do Grupo VITA será apresentado publicamente em Fátima no dia 18 de junho deste ano".

Formação pelas dioceses

"O Grupo VITA definiu como um dos objetivos para 2024 a realização de um Roteiro pelas Dioceses do país, procurando, dessa forma, um contacto de maior proximidade que permita um diagnóstico mais rigoroso das necessidades de cada território", é ainda referido em comunicado enviado às redações.

Desta forma, "este Roteiro inicia-se no dia 16 de abril, em Évora, com formação presencial a padres e diáconos. Seguem-se depois outras quatro manhãs de sábado, destinadas à formação dos agentes pastorais e de elementos que integram as diversas IPSS da arquidiocese de Évora".

De recordar que "sensibilizar e capacitar as diversas estruturas eclesiásticas para saber prevenir, detetar e sinalizar situações sexualmente abusivas é uma das prioridades do Grupo VITA, rumo a uma cultura de proteção e cuidado".