A descoberta foi feita por Leigh Love, uma caçadora de fósseis amadora, no ano passado, encontrando os ossos de uma pata deste pinguim gigante perto da cidade de Waipara, na ilha do Sul da Nova Zelândia.

Estima-se que a ave marinha gigante, batizada de "Crossvallia waiparensis", tenha vivido durante o período Paleoceno, entre 66 e 56 milhões de anos atrás.

Através da análise aos seus fósseis, julga-se que este pinguim tenha medido 1,60 metros e pesado 80 kg, ou seja, 40 centímetros acima e quatro vezes mais pesada do que o pinguim imperador, a maior espécie destas aves a atualmente habitar o planeta terra.

Esta semana, a revista especializada "Alcheringa: An Australasian Journal of Palaeontology" confirmou num artigo a existência desta espécie, fruto de uma investigação entre o Museu de Canterbury e o Museu de História Natural Senckenberg em Frankfurt, na Alemanha.

Segundo o The Guardian, esta é a quinta espécie de pinguim antigo a ser descoberta a partir de fósseis encontrados perto de Waipara e é o segundo fóssil do pinguim gigante do Paleoceno encontrado na mesma área, disse Vanesa de Pietri, investigadora do Museu de Canterbury. "Isso reforça a nossa teoria de que os pinguins eram grandes no começo da sua evolução", explicou.

A Nova Zelândia é conhecida por ter sido pouso de animais gigantes, já desaparecidos ao fim de séculos, como a moa (Dinornis), o maior pássaro sem capacidade de voar que já existiu (3,60 metros de altura e 200 kgs de peso) mas que ficou extinto no final do século XVIII, ou a águia de Haast, com cerca de três metros de largura.

Esta descoberta sucede-se a uma outra igualmente surpreendente, já que o Museu de Canterbury anunciou na semana passada terem sido encontrados na Nova Zelândia restos de um papagaio gigante que tinha quase um metro de altura, pesava até 7 quilos e viveu há 19 milhões de anos.