As audições foram requeridas pela Iniciativa Liberal e pelo Chega para discutir a situação financeira da instituição e sobre o negócio da internacionalização dos jogos sociais, na sequência da exoneração da provedora da SCML, Ana Jorge.

Durante a manhã, a Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão vai ouvir o antecessor de Ana Jorge, Edmundo Martinho, e a ex-vice-provedora da SCML Ana Vitória Azevedo, que se demitiu em março.

Depois da sessão plenária, a Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão volta a reunir para ouvir o ex-administrador da Santa Casa Global, Ricardo Gonçalves, e o antigo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, atualmente deputado na Assembleia da República e presidente da comissão.

Na quinta-feira, será ainda ouvido o ex-administrador da Santa Casa Global, Francisco Pessoa e Costa.

Os pedidos de audição com caráter de urgência surgiram depois da exoneração da provedora da SCML Ana Jorge e de todos os elementos da mesa em 30 de abril, para que possa ser esclarecida a situação financeira da instituição e o impacto dos investimentos para a internacionalização dos jogos sociais.

Foram também aprovadas as audições da atual ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho, da sua antecessora Ana Mendes Godinho, e da provedora exonerada da Santa casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge.

O Governo exonerou a provedora e os elementos da mesa, com efeitos imediatos, e justificou a decisão com "atuações gravemente negligentes" que afetaram a gestão da instituição.

Posteriormente, numa carta enviada a todos os trabalhadores, Ana Jorge acusou o Governo de a ter exonerado de "forma rude, sobranceira e caluniosa" e que foi apanhada de surpresa.

Ana Jorge tomou posse em 02 de maio de 2023, escolhida pelo anterior Governo socialista de António Costa, e herdou uma instituição com graves dificuldades financeiras, depois dos anos de pandemia e de um processo de internacionalização dos jogos sociais, levado a cabo pela administração do provedor Edmundo Martinho, que poderá ter causado prejuízos na ordem dos 50 milhões de euros.