As crianças, com idades compreendidas entre 1 e 15 anos, eram mantidas num complexo improvisado perto da comunidade de Amalia, a norte do estado do Novo México, escreve a BBC. As buscas foram impulsionadas depois de uma mensagem enviada para a polícia que dizia "Estamos a passar fome, precisamos de comida e água".

As crianças foram encontradas pela polícia do condado de Taos desnutridas, com fome e necessidades de higiene básica. A polícia descreve, numa nota publicada a 4 de agosto, que as crianças se encontravam "sem sapatos, a usar trapos, parecendo refugiados de terceiro mundo". Jerry Hogrefe, agente da polícia, acrescenta que se encontravam assustadas, numa "pequena caravana subterrânea coberta de plástico, sem água ou eletricidade". No local, existiam apenas batatas e uma caixa de arroz, não havendo sinais de água.

Os menores foram encontrados com mais cinco adultos, entre os quais três mulheres que, segundo avança a polícia, se acredita serem as mães dos menores.

Os dois homens que controlavam o local - Siraj Wahhaj e Lucan Morton - encontravam-se fortemente armados e foram detidos por suspeitas de abuso de menores. Siraj Wahhaj tinha em sua posse cinco armas e é também suspeito de abusar e raptar o seu filho de três anos - que não se encontrava no grupo de crianças agora resgatado.

Jerry Hogrefe afirma que as mulheres e as crianças sofreram "uma lavagem cerebral e sentem-se muito intimidadas pelos homens que controlavam o espaço".

As crianças foram levadas para estabelecimentos dos serviços sociais.

A polícia do condado de Taos está a investigar o modo como as crianças foram parar ao complexo que se encontra numa zona deserta, próxima da comunidade de Amalia, localizada a norte do Estado do Novo México e perto da fronteira com o Estado do Colorado.