“Concluídos os procedimentos da avaliação de hoje, as equipas atualizam os números para 218 pessoas referenciadas e 62 encaminhadas para alojamentos de emergência”, adiantou o ACM em comunicado.

A secretária de Estado da Igualdade e Migrações tinha dito anteriormente à Lusa que apenas 57 dos 334 migrantes alegadamente vítimas da rede de tráfico de pessoas que atuava no Baixo Alentejo tinham aceitado uma solução habitacional proposta pelas autoridades nacionais, tendo a maioria optado por ficar “na solução habitacional em que estava”.

“Estas 57 pessoas continuarão a ser acompanhadas com vista à sua integração em Portugal, pelo que iremos trabalhar com eles nas dimensões do apoio psicossocial, também no fomento da aprendizagem da língua portuguesa, com vista a um encaminhamento mais rápido quanto possível para propostas de empregabilidade”, disse então Isabel Almeida Rodrigues.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na quarta-feira 35 pessoas pertencentes a uma rede criminosa que contratava trabalhadores estrangeiros para agricultura no Baixo Alentejo, confirmou então à Lusa fonte policial.

A rede era formada por estrangeiros, nomeadamente famílias romenas, e alguns portugueses que lhes davam apoio.

Esta investigação da PJ começou há cerca de um ano e teve como foco a angariação por aquela rede criminosa de trabalhadores estrangeiros com a promessa de emprego e habitação.

Nesta operação, o ACM colaborou com várias entidades no terreno, caso do Instituto da Segurança Social e da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, na identificação das condições de habitabilidade, na realização entrevistas sociais, no despiste de indícios de tráfico de pessoas, no encaminhamento para respostas de alojamento temporário e na verificação de documentação.