Segundo o superintendente-chefe Fernando Carvalho, porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) angolano, as detenções estão incluídas na série de operações desencadeadas pela polícia entre 18 de abril e 07 deste mês, em que indica ter esclarecido 71 crimes e ter detido 101 pessoas implicadas em vários crimes.

"Durante o trabalho investigativo foi possível a detenção de três cidadãos nacionais [angolanos] envolvidos no crime de homicídio voluntário por disparo de arma de fogo, ocorrido no dia 23 de abril do corrente ano, no bairro do Benfica, junto ao Club Champanhe, em que foi vítima um cidadão de nacionalidade portuguesa", declarou Fernando Carvalho.

"O facto aconteceu quando a vítima, a bordo de uma viatura de marca Renault Sandero, efetuava a mudança de residência, tendo sido interpelado por três supostos marginais, munidos de arma de fogo e que se faziam transportar por uma motorizada. Um dos supostos marginais efetuou disparos à queima-roupa, atingindo a vítima mortalmente", explicou o porta-voz.

Ainda na sequência das investigações, o SIC deteve outros três cidadãos angolanos que, "supostamente, estão envolvidos no crime de homicídio voluntário por disparo de arma de fogo, ocorrido no dia 12 de abril, no Zango 3, município de Viana, na rua em direção ao Hotel das Pedras", em que foi vítima um outro cidadão português.

O porta-voz do SIC explicou que a vítima, a bordo de uma motorizada, a caminho de sua residência, foi interpelada por três supostos marginais.

Os suspeitos estavam “munidos de arma de fogo” e, “após alguma resistência da vítima tendo em conta a pretensão dos supostos marginais em roubar a motorizada, um deles disparou à queima-roupa, atingindo a vítima mortalmente", acrescentou.

Fernando Carvalho apelou aos cidadãos, nacionais e estrangeiros, "a não reagirem em caso de assalto", pois, desta forma, "evitam males maiores", bem como a denunciarem toda a alteração de segurança pública que verificarem.

Além dos dois portugueses assassinados, um outro foi encontrado morto, com as mãos amarradas, na casa de banho da sua residência num condomínio na centralidade (bairro) do Kilamba, arredores de Luanda, estando o SIC ainda a investigar o caso.

Em fevereiro, um outro cidadão português, empresário, foi também encontrado morto no quarto da sua residência em Malanje, 380 quilómetros a leste de Luanda, com a cabeça ensanguentada.

Na ocasião, o porta-voz do SIC em Malanje, Lindo Ngola, confirmou que a morte do empresário português foi provocada por "meliantes não identificados", que lhe desferiram "vários golpes na cabeça com objetos contundentes".