As vítimas foram causadas pelo pânico formado na multidão quando a polícia usou gás lacrimogéneo e jatos de água para retirar as pessoas que se acumulavam na ponte, segundo avançou a agência espanhola de notícias Efe, citando uma fonte do ministério iraquiano que pediu anonimato.

Hoje é o 11.º dia consecutivo de protestos no Iraque, nos quais já morreram mais de uma centena de pessoas, depois de um período de manifestações no início de outubro, em que morreram quase 160 civis e militares, de acordo com dados das autoridades e de um organismo público e independente.

As manifestações concentraram-se hoje na praça Hafiz al Qadi, que leva à ponte de Al Ahrar e, por sua vez, aos edifícios que albergam os escritórios da televisão estatal Al Iraqiya.

Já durante a madrugada, três pessoas tinham morrido na cidade xiita de Kerbala, no sul do Iraque, na sequência de confrontos entre manifestantes e forças de segurança, que usaram munições reais, informou a Comissão de Direitos Humanos iraquiana.

Os confrontos aconteceram quando manifestantes tentaram invadir o consulado iraniano nesta cidade, e as forças de segurança usaram munições reais para dispersá-los, matando três pessoas.

As manifestações no Iraque começaram no dia 01 de outubro para pedir a “queda do regime”, numa altura em que se assinala o primeiro ano do novo executivo iraquiano, que implementou uma série de reformas económicas alvo de contestação.

A contestação decorreu até agora em duas fases. A primeira, entre 01 e 06 de outubro provocou, segundo números oficiais, 157 mortos, quase todos manifestantes.

A segunda começou no dia 23 à noite, por ocasião de uma importante peregrinação xiita e fez, até agora, 82 mortos, de acordo com um balanço da comissão governamental de direitos humanos.

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