“Temos cooperação ao nível ao militar, e isso é muito bom, mas o que devemos fazer, e isto é muito importante, é trabalhar na visão de um dia criarmos um verdadeiro exército europeu”, disse a chanceler alemã no seu discurso sobre o Futuro da Europa.

A afirmação suscitou aplausos, mas também apupos dos eurodeputados, mas Merkel considerou um “ótimo” sinal estar “aborrecer algumas pessoas no Parlamento”, que antes tinha descrito como o maior parlamento do mundo.

“Só podemos defender os nossos interesses quando agimos juntos. O tempo em que podíamos contar com outros ficou para trás”, afirmou.

A chanceler evocou palavras do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sobre como a existência de “um exército europeu mostraria ao mundo que nunca mais haveria guerra na Europa”.

“Podemos ser um bom complemento à NATO, podemos trabalhar com a NATO com um exército europeu”, afirmou, explicando que um exército europeu integraria a Aliança Atlântica como atualmente a integram forças nacionais dos Estados-membros.

“Seria muito mais fácil cooperar connosco”, acrescentou.

O objetivo de um exército europeu foi evocado pela chanceler como um de três exemplos em que Merkel considera que a UE tem de mostrar “tolerância e solidariedade”, o foco da sua intervenção no PE: as migrações, a política externa e de segurança e o crescimento económico.