De acordo com a Associated Press (AP), a rua onde decorre o protesto está repleta de manifestantes.

Milhares de manifestantes reuniram-se para o protesto de hoje em Mong Kok, um movimentado bairro comercial com um histórico de acolhimento de manifestações pró-democracia.

Hong Kong vive há dois meses um clima de contestação social, com milhares de pessoas nas ruas contra uma proposta de lei que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial chinesa a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora o que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” na antiga colónia britânica.

Num ‘briefing’ antes da manifestação marcada para Mong Kok, a polícia alertou que seria considerado ilegal ultrapassar o limite imposto para o término da manifestação e disse que qualquer protesto que não tenha sido autorizado será considerado assembleia ilegal, adiantou a Associated Press (AP).

A manifestação foi num primeiro momento proibida pela polícia, que a autorizou depois de um recurso, refere a AFP.

Num outro parque público juntaram-se milhares de manifestantes pró-Governo, empunhando bandeiras chinesas, acrescenta a mesma agência.

Na sexta-feira à noite, milhares de funcionários públicos juntaram-se num parque público para mostrar solidariedade com o movimento, que cresceu e agora inclui exigências de eleições diretas e uma investigação a alegada brutalidade policial.

Os residentes de Hong Kong acusaram a polícia de negligência depois de 44 pessoas terem ficado feridas no mês passado num ataque que aparentemente era dirigido aos manifestantes.

As autoridades declararam que os seus recursos estão no limite devido às manifestações prolongadas.

O local da manifestação de hoje, Mong Kok, é uma área onde os manifestantes instalaram uma zona de protesto pró-democracia em 2014.

Os protestos que duram há dois meses e que têm sido maioritariamente pacíficos foram evoluindo para confrontos com a polícia devido à recusa de alguns manifestantes em dispersar às horas previstas.

Nos últimos dois meses foram vandalizados edifícios e atirados tijolos pelos manifestantes, tendo a polícia respondido com gás lacrimogéneo e balas de borracha.

A transferência de Hong Kong e Macau para a República Popular da China, em 1997 e 1999, respetivamente, decorreu sob o princípio “um país, dois sistemas”, precisamente o que os opositores às alterações da lei garantem estar agora em causa.

Para as duas regiões administrativas especiais da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, sendo o Governo central chinês responsável pelas relações externas e defesa.

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