Para estas eleições, presidenciais e legislativas, estão convocados 56,3 milhões de eleitores, enquanto os três milhões de turcos no estrangeiro exerceram o seu direito entre 07 e 19 de junho.

A votação começa às 08:00 locais (06:00 em Lisboa) e dura até às 17:00 (15:00 em Lisboa) em 181 mil assembleias de voto.

Estas eleições, antecipadas em 16 meses, são as primeiras desde as mudanças constitucionais adotadas após o referendo de abril de 2017, menos de um ano após escapar a uma tentativa de golpe de Estado fomentada por uma fação de militares em julho de 2016.

Ao vencedor das eleições presidenciais de hoje serão por isso atribuídos poderes reforçados.

Na campanha eleitoral, Erdogan confrontou-se pela primeira vez com uma inesperada união de diversos partidos da oposição e um candidato presidencial, Muharrem Ince, apresentado pelo Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), com capacidade para rivalizar com o seu carisma, prevendo-se duas votações arduamente disputadas.

No total, seis candidatos confrontam-se no escrutínio presidencial, incluindo Selahattin Demirtas, do Partido Democrático dos Povos (HDP, pró-curdo e de esquerda), detido desde finais de 2016 e que dirige a campanha desde a prisão.

Apesar de o presidente cessante surgir de novo como favorito, poderá não garantir os 50% de votos necessários para garantir a eleição à primeira volta, enquanto o AKP se arrisca a perder a maioria absoluta, como sucedeu em junho de 2015.

Devido à reforma constitucional de abril de 2017, vão ser eleitos 600 deputados para a Grande Assembleia Nacional (parlamento), contra 550 no anterior hemiciclo.

Para as legislativas, foram formadas duas coligações. A “Aliança do povo” inclui o AKP, no poder, e o MHP de Devlet Bahçeli, que dirige o partido desde 1997. O partido da Grande União (BBP) apresenta candidatos nas listas do AKP.

A segunda coligação, “Aliança da nação”, integra o CHP, o Iyi Parti (Bom Partido, direita nacionalista, dirigido pelo antigo ministro do Interior Meral Aksener), e o Saadet (Partido da Felicidade, islamita conservador e dirigido pelo veterano Temel Karamollaoglu). O Demokrat Parti (DP, centro direita), apresenta candidatos nas listas do Yiy Parti.

Já o HDP e o Hüda-Par (islamita curdo) optaram por se apresentar sozinhos às legislativas.

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