“Aceito a indicação de ser o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT)”, disse Lula da Silva durante uma reunião em São Paulo do comité executivo nacional do partido, que aprovou por unanimidade a sua indicação para as eleições presidenciais do Brasil, previstas para outubro.

No entanto, Lula acrescentou que existem “outros candidatos e que vão tentar criar obstáculos”.

“Espero que a candidatura [do PT] não dependa de Lula, só faz sentido se vocês forem capazes de fazer [a campanha], mesmo que haja um facto indesejado”, salientou.

A declaração do ex-Presidente resulta da decisão tomada quarta-feira em 2.ª instância pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4), de Porto Alegre, que ratificou por unanimidade a sentença contra Lula da Silva condenando-o novamente por corrupção.

Os juízes também aumentaram a pena imposta na 1.ª instância, de nove anos e meio, para doze anos em um mês.

A sentença pode cortar as aspirações políticas de Lula se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não aceitar a candidatura em virtude da legislação eleitoral brasileira interdita candidaturas de quem tenha sido condenado em juízo em 2.ª instância.

Lula da Silva, de 72 anos, também enfatizou que a sua candidatura não foi lançada para se “proteger” da Justiça, mas para “governar e recuperar” o Brasil”.

“Sem qualquer arrogância, digo que quero ser candidato para vencer as eleições”, reiterou.

O ex-chefe de Estado tem ainda nove processos abertos contra si em diferentes tribunais brasileiros, a maioria deles por corrupção.

Lula da Silva, que lidera todas as sondagens de intenção de voto, voltou a dizer que o PT é “vítima de uma trama premeditada” e reiterou que o tribunal de 2.ª instância condenou um “inocente” que não cometeu “nenhum crime”.

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